Uma intensa troca de tiros entre policiais militares e criminosos em diferentes pontos do Rio de Janeiro deixou nove pessoas mortas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O tiroteio ocorreu durante a noite de segunda-feira (26) e a manhã desta terça-feira (27).
Ao todo foram duas mortes no Morro dos Prazeres, em Rio Comprido, região central; seis no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte e uma morte no Morro da Providência, na região central.
A Polícia Militar (PM) afirma que seis dos mortos eram suspeitos, entre eles Marcelo da Silva Guilherme, o Marcelinho dos Prazeres. Segundo a PM, Marcelo controlava o tráfico de drogas no Morro dos Prazeres. Os confrontos ocorreram também na Mangueira e no Lins, na zona norte da cidade.
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Entre as vítimas está o marceneiro Gemerson Patrício de Souza. O trabalhador foi atingido quando passava na passarela localizada acima da Avenida Pastor Martin Luther King Jr., na altura da estação do metrô de Tomás Coelho. Ele foi socorrido para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu e morreu.
A outra vítima foi a caixa de supermercado Bruna Barros Viana, de 39 anos, baleada na noite da última segunda-feira (26). Viana foi atingida no pescoço durante o tiroteio na Rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido, quando estava dentro de uma van, retornando do trabalho. Apesar do ferimento, a informação é que a trabalhadora não corre risco de morte.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que, no fim da madrugada desta terça-feira (27), policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira foram atacados por disparos de arma de fogo nas proximidades de uma das bases da UPP e houve reação ao ataque criminoso. Na ação, um policial militar ficou ferido e foi socorrido ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde recebeu atendimento médico e apresenta estado estável. Não houve prisões ou apreensões.
A ação policial que culminou em nove mortes ocorreu seis meses após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que as operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro devem ser restritas aos casos excepcionais e informadas e acompanhadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) enquanto durar a pandemia de covid-19.
Edição: Jaqueline Deister