No dia 17 de abril de 1996 acontecia o maior massacre contra camponeses da história recente do país. Vinte e um sem terras foram assassinados por policiais no estado do Pará durante marcha que se direcionava para a capital do estado.
Em memória às vítimas que após 25 anos do crime ainda não foram justiçadas pelo Estado, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizada neste sábado (17), ações por todo país. Estradas estaduais e federais estão sendo bloqueadas por 21 minutos, em referência ao número de mortos, e atos culturais e políticos, realizados de forma digital, trazem a memória e as demandas atuais do movimento que luta pela Reforma Agrária. No Brasil, 200 mil famílias ainda aguardam para serem assentadas.
“Todos os anos fazemos um ato político, cultural e religioso na curva do S, mas, em função da pandemia, o nosso ato desse ano será um ato virtual, como tem ocorrido várias atividades celebrando a vida dos que seguem na luta por Reforma Agrária, por justiça, dignidade, terra, trabalho e alimentação saudável", ressalta Ayala Ferreira, da Direção do MST.
A data também marca o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária (Lei nº 10.469/2002), e o Dia Internacional da Luta Camponesa, declarada pela Via Campesina como um marco na luta pela terra em todo o mundo. Neste contexto, a Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária inaugura a “Parada pela Vida”, um lockdown popular articulado a partir dos movimentos populares para salvar vidas.
Confira as mobilizações pelo Brasil:
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Edição: Mauro Ramos