O governador afastado Wilson Witzel (PSC) esteve na manhã desta quarta-feira (7), no Tribunal de Justiça do Estado (TJRJ), para depor no Tribunal Especial Misto sobre o processo de impeachment. Witzel pediu mais 20 dias até seu depoimento, alegando que estava trocando seus advogados em razão dos custos financeiros.
Os membros do Tribunal Especial Misto, contudo, entenderam que o governador afastado tentou criar uma manobra para atrasar o andamento do processo e manteve o depoimento para esta tarde. Além de Witzel, depõe também nesta quarta-feira (7) o ex-secretário estadual de saúde Edmar Santos.
Leia mais: Witzel é o primeiro governador do Rio a sofrer processo de impeachment; entenda
Ao chegar ao TJRJ, no Centro do Rio, Santos fez um requerimento ao Tribunal para que sua imagem não fosse veiculada na mídia e seu depoimento não pudesse ser gravado e transmitido até mesmo nos canais oficiais.
Ele alegou que vem sendo prejudicado pela exposição no caso que envolve propina na compra de respiradores para pacientes da covid-19 ainda no início da pandemia.
O Tribunal concedeu e o ex-secretário, um dos primeiros delatores do esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde, entrou no local protegido por lençóis segurados por seguranças do TJ-RJ e por um biombo de madeira.
Na última segunda-feira (5), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou mais um pedido da defesa de Witzel para que o processo de impeachment fosse suspenso.
Próximos passos
Após os interrogatórios, acusação e defesa fazem suas alegações finais e o relator do processo, deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), apresenta o relatório final, se manifestando com seu voto.
Os outros integrantes do Tribunal Especial Misto podem acompanhar ou não o voto do relator. As datas das alegações finais e da votação ainda serão definidas pelo presidente do TEM, desembargador Henrique Figueira.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Eduardo Miranda