Rio de Janeiro

CRIME EM FAMÍLIA

Justiça do Rio determina recolhimento noturno à deputada federal Flordelis

Parlamentar é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Flordelis
Denunciada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, Flordelis tem foro privilegiado por ser deputada e não pode ser presa - Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça do Rio suspendeu na última terça-feira (6) uma autorização especial para que a deputada federal Flordelis pudesse circular entre 23h e 6h em atividades relacionadas ao exercício do mandato parlamentar. Agora, ela terá que permanecer em recolhimento domiciliar sem exceção.

A decisão da juíza Nearis Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, teve como base os relatórios de acompanhamento eletrônico que apontou várias violações das medidas cautelares impostas à deputada. Ela chegou a permanecer mais de 15 horas com a tornozeleira eletrônica desligada.

Flordelis é acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela e mais 10 acusados, entre filhos naturais e adotivos, aguardam a decisão judicial para saber se irão a júri popular.

Os filhos de Flordelis acusados do crime estão presos. Mas ela, por ser deputada federal, é a única que responde o processo em liberdade, cumprindo medidas cautelares.

Na decisão, a juíza ressaltou que a deputada não apresentou qualquer justificativa para as violações apontadas no relatório de monitoramento eletrônico. A magistrada também considerou o fato das atividades parlamentares, em razão da Covid-19, estarem acontecendo de forma remota.

Edição: Eduardo Miranda