O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a segunda dose da vacina na manhã deste sábado (3), em um drive-thru de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde mora. A primeira foi em 13 de março, quando o município começou a vacinar moradores na faixa do ex-presidente, que tem 75 anos.
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Assim como da primeira vez, Lula tomou a CoronaVac, produzida pela Instituto Butantan. Mais tarde, ao lado do ex-ministro Alexandre Padilha, ele fez uma transmissão em rede social para pedir que as pessoas continuem se protegendo, com máscara, álcool em geral e distanciamento. “Não é porque eu tomei a vacina que eu posso relaxar”, afirmou. “Tão importante quanto a vacina é a responsabilidade que homem e cada mulher tem que ter. Nada de duvidar desse vírus.”
No que chamou de “guerra da natureza contra a humanidade”, Lula também pediu um esforço global no combate ao vírus. “É preciso que a gente faça uma verdadeira campanha para que os presidentes dos principais países se reúnam”, afirmou. Segundo o ex-presidente, poucas nações concentram a maior parte das vacinas disponíveis. “Os países ricos têm de assumir a responsabilidade de produzir vacinas em quantidade.”
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Depois de expressar solidariedade a todos aqueles que perderam parentes para a covid-19, Lula também fez cobranças ao governo. Neste momento, afirmou, existem três prioridades: vacina, auxílio emergencial (para os mais pobres e também para empreendedores) e criação de empregos. Segundo ele, o governo precisar conversar com os governadores, os prefeitos, os secretários de saúde. “Essa luta é de todos”, acrescentou, lembrando que recentemente foi identificada nova cepa na cidade de Sorocaba, interior paulista.
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O ex-presidente tomou a segunda dose no dia em que se especula que Jair Bolsonaro, refratário à vacinação, será vacinado. Até agora, a Presidência não confirmou se isso acontecerá.