Segurança

Golpes na internet: saiba como se proteger do sequestro do WhatsApp

Roubo de dados e clonagem do aplicativo estão entre as fraudes mais comuns; confira 10 dicas para ficar seguro na rede

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

10 dicas para você não cair em golpes na rede - Reprodução

Invasão de e-mails e contas no banco, sequestro de dados, clone de WhatsApp e realização de compras na internet com o cartão de outra pessoa são golpes cada vez mais comuns.

É o que mostra o Raio-X da Fraude 2020, estudo produzido pela Konduto e publicado em março do 2020. A análise mostra que as tentativas de fraude na rede aumentaram 14% entre 2018 e 2019.

O relatório ainda aponta que, em 2019, a cada cinco segundos, ocorreu uma tentativa de fraude na rede, ou seja, a cada 40 compras on-line, uma foi de origem fraudulenta, em um universo de 250 milhões de pedidos via e-commerce.

:: Leia também: Entenda os riscos à privacidade e saiba como se proteger ao usar a internet::

Com a pandemia, essas fraudes aumentaram. Segundo estudo publicado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre janeiro e e maio de 2020, 613.450 pedidos via e-commerce foram classificados como tentativas de fraude. 

Além do avanço das fraudes em compras na internet, outro golpe que está na moda e viralizou na rede foi o do “sequestro do WhatsApp”. 

Com apenas uma ligação, um bom papo e fingindo realizar uma pesquisa, a pessoa do outro lado da linha pode roubar seu perfil e utilizá-lo, por exemplo, para pedir dinheiro aos seus contatos.

Um exemplo que circula por aí e já deve ter chegado no seu WhatsApp ou mesmo de alguém próximo a você é o golpe do SUS.

Neste, os interlocutores iniciam o golpe ao dizer que estão fazendo pesquisa sobre a pandemia e convencem os usuários a informar o código de seis números enviado via mensagem SMS, chave necessária para autenticar o número de telefone em outro aparelho celular e iniciar a golpes financeiros com os seus contatos.

Em entrevista ao programa Bem Viver, o coordenador do Programa de Telecomunicações e Direitos Digitais, Diogo Moyses ressalta a importância de um olhar "desconfiado" ao navegar na internet.

É preciso ter muito cuidado ao preencher formulários com informações pessoais como CPF, data de nascimento, nome completo, número de telefone e endereço. Com esses dados, criminosos da internet podem realizar uma série de delitos graves.

Por isso, ficar atento a esse tipo de contato e reforçar a segurança é algo fundamental neste momento.

10 dicas para você não cair neste e em outros golpes via WhatsApp:

1 - No seu aparelho, habilite a verificação em 2 etapas nas configurações da conta do aplicativo 


Veja como configurar / Reprodução

2 - Fique atento ao seu WhatsApp Web. Acesse seu aplicativo e saia de todos os computadores que você vê na lista que são suspeitos. Mas se vale, encerre seu acesso ao WhatsApp web sempre que desligar seu computador pessoal;

3 - Não deixe seu telefone nas mãos de terceiros sem sua supervisão e não forneça NUNCA sua senha de acesso ao aparelho;

4 - Nunca clique em links de mensagens recebidas por e-mail, WhatsApp ou SMS que dizem ser da Receita Federal sobre o seu CPF. Elas são utilizadas pelos fraudadores para roubar dados pessoais, fiscais e bancários.

5 - Nunca compartilhe seu código de ativação de WhatsApp. LEMBRE: Se alguém estiver tentando roubar sua conta, ela vai precisar do código de confirmação que será enviado por SMS para o seu telefone;

6 - Desconfie de ligações nas quais o atendente utilize de linguagem muito informal ou ofereça prêmios caso preencha um formulário ou peça para você clicar em algum link;

7 - Nunca clique e nem compartilhe links encurtados de remetentes desconhecidos. Eles podem mascarar sites falsos ou mesmo réplicas quase idênticas de sites oficiais.

8- Caso seu WhatsApp já tenha sido hackeado e clonado, envie um e-mail para o suporte do aplicativo ([email protected]) para que sua conta seja desativada. 

9 - Mantenha o WhatsApp e o sistema operacional de seu celular sempre atualizados;

10 - Nunca forneça as suas senhas para outra pessoa. Certifique-se de fechar a sua sessão ao acessar sites, não use a mesma senha para todos os serviços e sempre tenha em mente senhas que contenham: número - letras - símbolos.
 

Edição: Vinícius Segalla