O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (22) que, em breve, o Brasil vai começar a fabricar e exportar vacinas contra o novo coronavírus. A afirmação, feita desacompanhada de qualquer detalhe ou informação que comprove a expectativa, vem logo após a divulgação de uma carta de empresários e profissionais do setor financeiro, que traz duras críticas ao governo federal e pede um aumento no ritmo de vacinação da população brasileira.
Na mesma oportunidade - um evento em Brasília para assinatura do decreto que regulamenta o novo Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), o presidente voltou a criticar as medidas de isolamento para conter a pandemia e a elogiar a condução do ministério da Saúde pelo genral Eduardo Pazuello, que já teve sua saída do cargo anunciada, mas não concretizada.
“O Brasil vai, brevemente, fabricar a vacina e exportar. Há pouco, tínhamos a tecnologia do IFA [insumo farmacêutico ativo], perdemos a tecnologia por descaso. Estamos recuperando isso e, daqui a poucos meses, teremos o IFA no Brasil e seremos exportadores de vacina, um orgulho para nós. Vamos destruir o vírus, e não atacar o governo”, afirmou.
Apesar da intenção anunciada por Bolsonaro, até esta segunda, apenas 16 milhões de doses de vacina foram aplicadas nos brasileiros. isso significa que somente 1,97% da população foi imunizada com as duas doses necessárias, e 5,61% receberam a primeira dose.
Sobre as medidas de incentivo ao isolamento social, praticadas por governadores e prefeitos, ele disse: “Lamento as mortes, por qualquer motivo. Não sabemos quando isso vai acabar, vamos ficar fechados até quando? (…) Se ficarmos 30 dias [em lockdown] fosse acabar com o vírus, eu topo, mas sabemos que não vai acabar”.
Edição: Vinícius Segalla