O 8 de março no Rio Grande do Sul contará com diversas atividades promovidas pelas organizações feministas, populares e sindicais. Em função da pandemia, as atividades presenciais estão limitadas, restando às mulheres em luta buscarem alternativas online e outras formas de agitar a pauta dos direitos das mulheres. Na luta deste ano, estão acrescidas as reivindicações por vacinas e auxílio emergencial.
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O Brasil de Fato RS reuniu algumas atividades que acontecerão na capital e no interior do estado. Acompanhe também, pelo Facebook do BdF RS e da Rede Soberania a retransmissão de algumas dessas atividades durante o final de semana e na semana do 8 de março.
Mulheres sindicalistas preparam atividades
Ainda no dia 8, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde realizará um ato em memória das trabalhadoras da saúde que perderam suas vidas durante no combate à pandemia. Será um ato simbólico, no Largo Glênio Peres, às 8h.
A Central Única dos Trabalhadores do RS está preparando a participação na live da CUT Nacional, para debater a situação vivida pelas mulheres em momento de pandemia.
"A luta é contra a fome e a miséria, que é um dos problemas sofridos por grande parte das mulheres nesta pandemia, especialmente depois que o governo parou de pagar o benefício”, afirma a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Juneia Batista.
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“A gente quer e vai lutar por três coisas: a vacina urgente para todos e todas, a volta do auxílio emergencial no valor de R$ 600 e o Fora Bolsonaro”, completou a dirigente.
A live, que será transmitida pelo Facebook da CUT RS, contará com a presença da secretária da mulher trabalhadora da CUT-RS, Ana Cruz. Será na quarta feira (10), às 20h.
Mulheres camponesas preparam mobilização virtual
Segundo Letícia Chimini, do Movimento dos Pequenos Agricultores do RS, a luta pelo Dia Internacional da Mulher é nacionalmente unificada pela Via Campesina. Porém, neste ano, em função do estado da pandemia no RS, que impede atividades presenciais e unificadas, cada movimento da Via está organizando suas atividades virtuais.
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"As mulheres organizadas pelo MPA-RS farão lives regionais durante o dia, e à noite uma live pelo Coletivo de Gênero do MPA-RS, às 20h", lembra Letícia. Acompanhe pelas redes do MPA.
As mulheres do MST-RS também preparam agitação virtual. Segundo Salete Carolo, do coletivo de mulheres do movimento, as bandeiras de luta esse ano são o "Fora Bolsonaro", "Vacina Para Todos", "Auxílio Já" e contra as violências de gênero. Acompanhe pelo Instagram do MST RS.
Na capital do Rio Grande do Sul, atividades online e de agitação
Em Porto Alegre, ocorrem uma série de atividades de agitação para a pauta feminista, tocadas por uma organização conjunta que, desde alguns anos, acontece de forma unificada entre diversas organizações e movimentos. Haverá colagem de lambes e cartazes, projeções em prédios, exposição de faixas e pequenos carros de som circulando por alguns bairros da cidade.
Giany Rodrigues, da coordenação do 8M Porto Alegre, conta que terá participação em uma live nacional, que acontecerá no dia 7 e será retransmitida pela página do movimento local.
Segundo Giany, a experiência de organizar o 8 de março de forma unificada em Porto Alegre já vem de algum tempo: "Geralmente entre o meio e o fim de janeiro nos juntamos para iniciar as plenárias unitárias e debater as pautas. Essa unidade, que também organizou o 'EleNão' na cidade, tem possibilitado anualmente iniciarmos o calendário de luta em conjunto. Esse ano demoramos mais para iniciar o debate, pois não tínhamos certeza de como ele seria, afinal, infelizmente a pandemia segue no auge".
Afirma ainda que os debates esse ano ficaram em torno da vacina, auxílio emergencial e Fora Bolsonaro e Mourão. Além disso, inspiradas pela "Maré Verde Argentina", também será levantada a pauta da legalização do aborto no país e a garantia dos que já são legais.
Live do Sindicato dos Jornalistas do RS
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) prepara uma série de lives sobre as lutas pelos direitos das mulheres. A primeira delas terá o tema "Mulheres e o sindicalismo". Será dia 9 de março, terça, às 19 horas, nas redes do Sindjors.
Segundo o Sindjors, a participação feminina no ambiente sindical ainda precisa crescer mais: "Culturalmente formado por homens, o movimento sindical vem, de forma ainda tímida, modificando seu ambiente. Hoje, temos seis mulheres à frente das entidades representativas de jornalistas, em todo o país. É pouco, mas é significativo".
Lembra ainda que, em um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina, de 2012, chamado “Perfil do Jornalista Brasileiro”, foi revelado que a categoria dos jornalistas do Brasil é predominantemente feminina, com mais de 60% dos profissionais sendo mulheres.
A live terá como mediadora a editora do Brasil de Fato RS, Katia Marko, e contará com diversas outras mulheres, confira:
Atriz e diretora conduz live “Imagine um dia sem Mulheres”
"Imagine acordar certo dia e não encontrar nenhuma mulher nas ruas, nas escolas, em casa, nos restaurantes, escritórios". Essa é a proposta que será apresentada pela atriz e diretora Deborah Finocchiaro, em uma live do projeto "Confessionário - Relatos de Casa", dia 8 de março, às 20h.
Participarão da live a doutora em ciência política Denise Mantovani, a advogada especializada em direitos das mulheres Gabriela Ribeiro de Souza, a empreendedora social Iara Virgínia e as atrizes Juçara Gaspar e Laura Medina.
ARI promove encontros de "Jornalistas Inspiradoras"
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) vai promover, durante o mês de março, uma série de quatro encontros virtuais, chamados de "Jornalistas Inspiradoras – Mês da Mulher ARI". Serão realizados nos dias 6, 13, 20 e 27 de março, sempre aos sábados, das 11h às 12h30min, transmitidos pelo Facebook da entidade.
"Os eventos visam propiciar às jornalistas a troca de informações sobre suas atividades, destacar a atividade das comunicadoras, reunir colegas de assessorias de imprensa, de redações, escritoras e profissionais espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. As atividades integram as comemorações pelos 85 anos da entidade e estão abertas para profissionais de ambos os sexos, estudantes e convidados", explica a Associação.
O primeiro encontro terá a jornalista e escritora Patrícia Campos de Mello, falando sobre seu livro "A Máquina do Ódio - notas de uma repórter sobre fake news e violência digital". A coordenação será da jornalista Jurema Josefa, primeira vice-presidente da ARI, que fará um breve retrospecto sobre a trajetória das mulheres na comunicação.
Legado de Chávez com a luta feminista
O 5 de março marca os 8 anos da morte de Hugo Chávez, líder histórico da Revolução Bolivariana. Nesse sentido, será feita uma homenagem num ato virtual chamado "Chávez, um Sentimento Anti-imperialista e Feminista".
O ato será transmitido no Facebook da Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela e no Youtube da Alba Movimientos Brasil, às 19h desta sexta-feira (5), ficando disponível para ser assistido a qualquer hora.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira