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São Paulo terá CPI para investigar violência contra pessoas trans

Comissão, aprovada na Câmara Municipal na terça (23), será presidida pela vereadora trans Erika Hilton (PSOL)

São Paulo (SP) |

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Criação de CPI acontece dois dias depois da morte de Lorena Muniz (na foto), transexual abandonada em meio a um incêndio em clínica de São Paulo - Reprodução/Instagram

A cidade de São Paulo (SP) terá uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar casos de violência contra pessoas trans e travestis. A Comissão foi aprovada pela Câmara Municipal na terça-feira (23) a partir de requerimento apresentado pela parlamentar Erika Hilton (PSOL), a primeira mulher transexual a ser eleita vereadora na capital paulista.

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Hilton também deverá presidir a CPI, que terá sete integrantes. A composição será feita de acordo com a proporcionalidade das bancadas dos partidos.

A aprovação ocorreu de maneira simbólica, após acordo que já havia sido costurado no Colégio de Líderes.

Ao comentar a aprovação da CPI em seu Twitter, a parlamentar citou Lorena Muniz, mulher transexual de 25 anos que foi abandonada sedada durante um incêndio que atingiu uma clínica de estética no centro de São Paulo (SP) – e falecida no domingo (21) – e Dandara dos Santos, em referência à travesti Dandara Kettley, assassinada em fevereiro de 2017 em Fortaleza (CE).

"CPI para investigar violência contra pessoas trans, de minha autoria, APROVADA! Serei presidenta dessa Comissão de Inquérito. É por Lorena Muniz, por Dandara dos Santos, é por todas nós!", postou a vereadora.

Após instalada, a CPI terá um prazo de 120 dias para apresentar seu relatório.

Edição: Rogério Jordão