Dor e esperança

Covid-19: programa Bem Viver discute o aumento de casos e a aprovação de vacinas

Infectologistas alertavam para a tendência de aumento das contaminações cerca de 14 dias após o início do ano

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vacina de covid
As vacinas estão entre as intervenções em saúde pública de maior impacto já implementadas - Créditos da foto: Reprodução
O que a gente vai encontrar é todo um conjunto de compromisso, de falta de coordenação

O programa de rádio Bem Viver desta segunda-feira (18) faz um balanço geral sobre os fatos mais recentes do novo coronavírus no Brasil. Um dos focos é o aumento de casos de contaminações da doença após o período de festividades de final de ano.

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O programa registra o aumentos nas contaminações da doença nas últimas semanas pelo país, até o total de 8.488.099 casos e 209.847 mortes, informado neste domingo (17) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) 

No quadro Covid-19 na Semana, o médico de família Aristóteles Cardona, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, afirma que os números do momento já são consequência das aglomerações de fim de ano, mas também sofrem forte influência da resposta insuficiente à pandemia. 

"Quando a gente tenta analisar causas e consequências mais imediatas, não tem como não pensar nos encontros de Natal e de Ano Novo. Mas a gente, definitivamente, não vai encontrar a resposta em situações pontuais. O que a gente vai encontrar é todo um conjunto de compromisso, de falta de coordenação, de falta de atuação e falta de seriedade", avalia o médico. 

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Outro ponto da entrevista foi a possibilidade do Brasil ser o lugar de origem de uma nova cepa do coronavírus. A variante foi identificada pelo governo japonês neste domingo (17). Quatro viajantes que estiveram no Amazonas no fim do ano passado voltaram ao Japão contaminados. Dois dias depois, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a informação.

Vacinas 

A edição também garante o espaço para as expectativas com a aprovação de duas vacinas para uso emergencial no Brasil: uma desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceira com o Instituto Butantan; e outra desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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A aprovação foi feita neste domingo (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os dois imunizantes precisam de mais análises e acompanhamento para registro definitivo.

O governo de São Paulo, onde está o Butantan, iniciou a vacinação de profissionais da saúde já neste domingo. Logo que as vacinas foram aprovadas. 

O Bem Viver conta desta segunda-feira conta com o depoimento da enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, uma das voluntárias nos testes. Ela foi vacinada no Hospital das Clínicas, simbolizando a primeira brasileira imunizada e o início da campanha.

"Eu falo com segurança e propriedade. Não tenham medo. É a grande chance que temos de salvar vidas", destacou a enfermeira que atua em duas unidades de saúde que lutam contra a pandemia. 

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Ao mesmo tempo, o Bem Viver destacou a situação vivenciada em Manaus (AM), com o colapso no atendimento às vítimas de covid-19. Na semana passada, a capital amazonense registrou incapacidade na quantidade de oxigênio nas unidades de saúde para o uso em pacientes.  

Sem-terrinhas 

Um dos temas para além da pauta da pandemia no Brasil e no mundo é o lançamento do livro “Os Sem Terrinha - uma história de luta social no Brasil” no quadro Mosaico Cultural.

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A pauta mergulha na pesquisa feita pela jornalista e historiadora Monyse Ravenna na organização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com a educação das crianças. 

A publicação envolve temas como comunicação popular, representação da infância na mídia e movimentos populares e foi lançada em dezembro de 2020 pela editora Expressão Popular. 


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Daniel Lamir