Imunização

Com boneco inflável de Bolsonaro, protesto defende vacina em frente à sede da Anvisa

Agência iniciou na manhã deste domingo a avaliação sobre pedidos de uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Manifestantes erguem um boneco inflável do presidente Jair Bolsonaro em frente à sede da Anvisa neste domingo (17), dia em que a agência decide sobre uso emergencial de vacinas contra covid
Manifestantes erguem um boneco inflável do presidente Jair Bolsonaro em frente à sede da Anvisa neste domingo (17), dia em que a agência decide sobre uso emergencial de vacinas contra covid - Sergio Lima / AFP

Um protesto convocado pela Frente Povo Sem Medo reuniu dezenas de manifestantes na manhã deste domingo em frente à sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para protestar em defesa da vacinação no país, frente à nova alta no número de casos e óbitos registrados em razão da covid-19.

A Anvisa analisa desde a manhã deste domingo pedidos de uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford contra a covid-19.

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O Brasil registrou mais 1.162 mortos e 64.718 novos casos de covid-19 neste sábado (16). Com os dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o número de óbitos causados pela doença é de 209.296 e de infectados, 8.455.059. O total de mortes confirmadas em 24 horas está acima de mil há cinco dias seguidos.

O Ministério da Saúde solicitou, nesta sexta-feira (15), ao Instituto Butantan que sejam entregues imediatamente os 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o centro de pesquisas.

Em um documento dirigido diretamente ao diretor do instituto, Dimas Covas, a pasta disse que aguarda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à distribuição do imunizante para os estados.

Neste sábado (16), a Anvisa rejeitou o pedido de uso emergencial para 10 milhões de doses da vacina russa Sputinik V, feito pela farmacêutica União Química na sexta-feira (15). 

Na noite desta sexta-feira (15), a população voltou a protestar das janelas de suas casas em diversas capitais para gritar "Fora, Bolsonaro" em meio à crise do governo federal diante da pandemia do novo coronavírus.

A situação de caos em Manaus (AM) com falta de leitos públicos e oxigênio para os pacientes de covid-19 e a indefinição até o momento de um calendário para vacinação foram o novo estopim dos protestos pela saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A crise também gerou movimentação no meio político pela saída do presidente. Também na noite desta sexta-feira (15), PT, PCdoB, PSB, Rede e PDT anunciaram que irão apresentar um novo pedido de impeachemt.

"Considerando os crimes de responsabilidade em série praticados por Bolsonaro, que resultaram na dor asfixiante do Amazonas e de milhares de famílias brasileiras, nossos partidos decidiram apresentar novo pedido de impeachment", anunciou em seu perfil no Twitter o deputado federal Alessando Molon, líder do PSB na Câmara dos Deputados

Edição: Leandro Melito