Diante do agravamento da pandemia e da situação crítica no Amazonas, internautas e movimentos sociais marcaram para a noite desta sexta-feira (15), às 20h30, um panelaço contra Jair Bolsonaro. A convocação feita por meio da hashtag #BrasilSufocado critica a omissão do presidente com a pandemia de covid-19, principalmente após o caos no sistema de saúde de Manaus.
No Facebook, a Frente Brasil Popular fez um evento para convocar a população. “O país está em um limite inaceitável. São mais de 8 milhões de infectados e mais de 200 mil pessoas mortas. Não dá para esperar o dia D e a hora H. Manaus sem oxigênio, cidades sem leitos de UTI, falta de cuidados com os trabalhadores da Saúde, da Assistência Social e de outros serviços essenciais”, diz o texto publicado na rede social.
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Desde quinta-feira (14), a capital do Amazonas sofre com a falta de oxigênio para pacientes, ausência de leitos, e vê pessoas morrerem em casa sem assistência e sem enterro, por falta de covas. O PT e PCdoB já protocolaram ação no Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo medidas por parte do governo Bolsonaro.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) endossou o panelaço contra Bolsonaro. “O atual ministro da Saúde mostra competência em uma única coisa: cumprir ordens. Mesmo que essas ordens resultem na morte de pessoas. Bolsonaro e Pazuello devem ser responsabilizados pelos crimes cometidos contra a vida, a ciência e a democracia”, publicou em seu Twitter.
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Em abril do ano passado, Bolsonaro foi alvo de panelaços por vários dias. Na ocasião, também relacionada à pandemia, o presidente foi criticado por demitir o então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e menosprezar o coronavírus, chamando-o de “gripezinha”.
Nesta quinta-feira (14), o Brasil teve mais mais de mil mortos por covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, com 1.131 vítimas fatais da doença registradas nas últimas 24h. Desde o início do surto, em março, os registros oficiais são de 207.095 óbitos. Em relação ao número de novos casos de covid, foram confirmados 67.758 nas últimas 24 horas. Já são 8.324.294 infectados no país. Com as subnotificações, o número de mortes pode ter superado, pelo menos, as 250 mil.