Após o Ministério da Educação (MEC) reafirmar a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) durante a segunda onda de contaminação pela pandemia de coronavírus, o secretário de educação de Manaus, Pauderney Avelino, anunciou nesta quarta-feira (13) que a prefeitura não disponibilizará escolas para o teste e que irá postergar a data do exame.
A justificativa é impedir aglomeração em um período em que o município está sob grave crise sanitária. Na última semana, o estado do Amazonas registrou 11.129 novos casos de covid-19 e 344 mortes.
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“Chegamos à conclusão de que não é viável abrir as escolas nessa semana e na próxima para que possa ter o exame do Enem. Entendemos também que o exame pode ser adiado para fevereiro. Sem prejuízos de vidas e sem prejuízo para os alunos”, afirmou o secretário.
Assista ao vídeo com o pronunciamento:
Após o comunicado ser enviado ao MEC, representantes de Manaus receberam um telefonema do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, pedindo para que retrocedessem na requisição.
"Recebi hoje um telefone do presidente do Inep solicitando que nós voltássemos atrás e eu falei da situação que se encontra Manaus com relação a essa pandemia”, informou Avelino.
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Diversos pedidos de adiamento, tanto de órgãos de eduação, quanto de saúde, foram enviados para o Ministério de Educação.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) emitiu nota na noite desta terça-feira (12), e nesta quarta-feira (13), foi a vez do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) publicar posição pedindo para que o exame seja adiado em razão das condições da pandemia no Brasil.
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Apesar das diversas requisições, Lopes afirmou que não há possibilidade de adiamento. "Não trabalhamos com a hipótese de adiamento, o que pode haver é um cancelamento em algumas cidades. Se a gente não puder aplicar a prova, infelizmente essa cidade vai ficar fora do Enem de 2020", explicou Lopes em entrevista à CNN Brasil.
Edição: Leandro Melito