No próximo domingo (6), cerca de 20,7 milhões de venezuelanos estão convocados a eleger 277 deputados que irão compor a nova Assembleia Nacional. Aproximadamente 14 mil candidatos estão inscritos, sendo que 52% serão escolhidos por um esquema de listas enviadas pelos partidos e 48% por voto nominal.
Ao todo, 107 organizações políticas estão habilitadas a participar das eleições. As duas maiores chapas são o Grande Polo Patriótico (GPP), dirigido pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e a Aliança Democrática, pelo lado opositor.
Pela primeira vez em 21 anos, o chavismo sairá dividido. Além do GPP, também está inscrita a Aliança Popular Revolucionária (APR), promovida pelo Partido Comunista da Venezuela e outras organizações de esquerda.
Juan Guaidó declarou que não irá participar do processo e convocou uma consulta nacional para o dia 12 de dezembro, a fim de questionar se os venezuelanos querem uma mudança de governo. Apesar de a figura jurídica do referendo revogatório estar prevista na Constituição venezuelana, a oposição guaidosista se apoia num mecanismo sem qualquer previsão legal.
No entanto, o seu partido, Voluntad Popular, se dividiu, e parte dos membros irão concorrer às eleições legislativas junto ao partido Primero Venezuela, na Aliança Venezuela Unida.
Esse processo passou por uma série de negociações em mesas de diálogo entre governo e oposição e marca um ponto de inflexão na conjuntura política do país. Na última legislatura (2015-2020), a oposição de direita unificada na Mesa de Unidade Democrática (MUD) ganhou a ampla maioria do Legislativo.
Superação da crise econômica, melhoria nos salários, garantia de serviços públicos e suspensão do bloqueio econômico que atinge o país são os temas centrais do debate eleitoral. Conheça abaixo as propostas das chapas que disputam o pleito.
Grande Polo Patriótico
Aliança Democrática
Aliança Popular Revolucionária
Os representantes da chapa Venezuela Unida foram procurados, mas não responderam o Brasil de Fato.
Edição: Vivian Fernandes