Segundo turno

No Pará, esquerda disputa a capital, Belém, e Santarém, terceira maior cidade

Em Belém, Edmilson, do PSOL, chega à reta final em empate técnico com bolsonarista Eguchi; PT está atrás em Santarém

Brasil de Fato | Belém (PA) |
Edmilson Rodrigues (à esquerda), do PSOL, já foi prefeito pelo PT; Delegado Eguchi, do Patriota, focou a campanha na internet: disputa acirrada - Reprodução

Neste domingo (29), mais de um milhão de eleitores que vivem em Belém, capital do Pará, irão escolher quem ficará à frente da gestão municipal pelos próximos quatro anos. A disputa é entre Edmilson Rodrigues (PSOL) e o delegado da Polícia Federal, Everaldo Jorge Martins Eguchi (Patriota).

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As pesquisas divulgadas até o momento apontam empate técnico entre os candidatos. Na da TV Liberal, afiliada da TV Globo em Belém, Edmilson Rodrigues aparecia com 45% das intenções de voto contra 43% do delegado Eguchi; já na do RealTime Big Data divulgada no Portal R7, na quinta-feira (26), o candidato do PSOL tinha 44% das intenções de voto e o candidato do Patriota, 42%. 

Como a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, as pontuações dos candidatos indicam que há empate técnico. 

Edmilson Rodrigues tem 63 anos e já foi prefeito de Belém, de 1997 a 2004, na época pelo Partido dos Trabalhadores (PT), sigla à qual pertence seu atual candidato a vice, o professor Edilson Moura, de 57 anos.

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Everaldo Jorge Martins Eguchi tem 57 anos e é o delegado da Polícia Federal. Seu vice, o Sargento Quemer também do Patriota, tem 46 anos.


O candidato à prefeitura de Belém pelo Patriota não esconde a admiração por Bolsonaro. / Reprodução/Facebook

O segundo turno com o candidato bolsonarista foi uma surpresa para muitos eleitores paraenses. Nas pesquisas de intenção de voto divulgadas no primeiro turno, Eguchi não aparecia nem entre os quatro primeiros colocados.

Apoiador assumido de Jair Bolsonaro (sem partido), o candidato adotou a mesma estratégia de Bolsonaro na campanha à presidência, em 2018, com foco na internet. 

Os desafios

O próximo prefeito de Belém terá uma série de problemas a enfrentar: patrimônio público abandonado, lixo nas ruas, trânsito caótico e uma obra de transporte (BRT), que se arrasta por mais de 10 anos, até agora não concluída.

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PT X DEM

No Pará, a esquerda também disputa a prefeitura de Santarém, município com mais de 300 mil eleitores, localizada no oeste do estado. Maria do Carmo (PT), que já foi prefeita, enfrenta o prefeito atual, Nélio Aguiar (DEM). 


Maria do Carmo (PT) já foi prefeita de Santarém. Nélio Aguiar (DEM) tenta a reeleição. / Montagem Brasil de Fato/Divulgação

No primeiro turno, Nélio Aguiar teve 43,01% dos votos e Maria do Carmo 36,08%. A diferença entre o atual prefeito e a candidata do PT foi apertada, de, apenas, 11.543 votos. 

Segundo pesquisa do Instituto Doxa, publicada no Portal Santarém, para o segundo turno, Nélio Aguiar aparece com 63% das intenções de voto contra 36% da candidata do Partido dos Trabalhadores.

Santarém é considerado o 3º maior colégio eleitoral do Pará, o primeiro é a capital, Belém e o segundo é Ananindeua, onde não haverá segundo turno. O prefeito eleito, Dr.Daniel (MDB), teve 67,70% dos votos válidos.

Edição: Rogério Jordão