O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou na noite de segunda-feira (23) a transição de governo para o democrata Joe Biden, vencedor da eleição disputada em 7 de novembro.
Embora siga sem reconhecer a derrota publicamente, Trump convocou a responsável pela Administração dos Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês), Emily Murphy, e disse a ela que "faça o que precisa ser feito" para a transição de poder.
Leia mais: Pós-eleições nos EUA: disputa interna por gabinete de Biden e discurso de Trump ativo
A decisão veio pouco tempo depois de o estado de Michigan confirmar a vitória local de Biden. Antes, na Geórgia, a recontagem de votos também já havia referendado o triunfo democrata. Ambos estados são fundamentais para o resultado final da eleição.
O atraso no processo foi alvo de críticas de congressistas republicanos a Trump e Emily. Foi a primeira vez, em 20 anos, que a GSA se negou a iniciar a transição assim que um vencedor foi apontado.
A chefe do GSA, no entanto, assumiu a responsabilidade sozinha por não liberar a mudança de governo. "Tomei minha decisão de maneira independente, com base na lei e nos fatos disponíveis", afirmou.
Coluna: Derrota de Trump é também uma vitória de George Floyd
Murphy justificou o atraso dizendo que não queria se adiantar ao processo constitucional de contagem de votos e escolha do presidente.
Após o anúncio, a campanha de Biden afirmou que "a decisão de hoje é um passo necessário para começar a agir diante dos desafios que nosso país enfrenta”, referindo-se principalmente à epidemia de covid-19.
Mesmo sem a GSA, a equipe de transição do novo governo já estava trabalhando, a partir de nomeações importantes de Biden, como o seu novo secretário de Estado, Antony Blinken, seu conselheiro sênior para a Segurança Nacional, Jake Sullivan, e um enviado especial para o Clima, o ex-secretário de Estado John Kerry.
Edição: Leandro Melito