17 dias de apagão

Apagão no Amapá: transformador chega, mas população segue em rodízio de energia

Com equipamento em fase de montagem, prazo de normalização é até 26 de novembro; nas ruas, protestos contra atrasos

Belém (PA) | Brasil de Fato |

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Equipamento está em Macapá, capital do Amapá, desde a última terça-feira, 17. A expectativa é que a energia total seja restabelecida até 26 de novembro. - Emiliano Capozoli

O transformador de alta voltagem que promete restabelecer por completo a energia do estado do Amapá já está em fase de montagem, segundo informações da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE). O prazo de normalização segue sendo o dia 26 de novembro. Até lá, a população continuará no sistema de rodízio de energia elétrica de três em três horas.

Segundo a LMTE, o equipamento pesa 200 toneladas e foi transportado por balsa da subestação de Laranjal do Jari, no extremo sul do Amapá até a capital, Macapá, em uma viagem que durou 30 horas. Agora, o equipamento será testado e energizado. 

A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) disse que "assim que a empresa fizer a implantação, imediatamente será feito o trabalho de normalização". 

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Cerca de 300 pessoas participaram do protesto na última quarta-feira (18). Moradores pedem que o serviço seja normalizado. / Maksuel Martins

Protesto

Na noite da última quarta-feira (18), moradores de Macapá foram às ruas protestar contra a demora na normalização do serviço. Daniel Lima, um dos organizadores do Movimento SOS Amapá, confirma que a energia retornou em sistema de rodízio desde o novo apagão registrado na terça-feira (17). 

"A energia está sendo restabelecida conforme o rodízio. Ele (o novo transformador) chegou na cidade, mas vai demorar de quatro a cinco dias para ser instalado e, assim, as coisas estão sendo retomadas. Aquele pânico de ter a energia indo e voltando está passando", diz Lima. 

Para ele, "os protestos cumprem, neste momento de união popular, uma função pedagógica, porque as pessoas começam a perceber que ou elas votam certo ou começam a cobrar os representantes políticos do estado ou a qualquer momento um novo apagão pode acontecer e causar ainda mais sofrimento. Então, existe uma conscientização a partir dos protestos".

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O morador diz que o movimento SOS Amapá continuará pressionando as autoridades para que a normalização seja executada o quanto antes. 


Protestos criticam a privatização da companhia de energia. Com o apagão, a estatal Eletronorte foi quem socorreu a população / Maksuel Martins

TCU autoriza investigação sobre apagão

Na última quarta-feira (18), o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a instauração de um processo de investigação sobre as causas do apagão, que atingiu cerca de 750 mil amapaenses. A ministra Ana Arraes assinou o documento que autoriza a investigação.

A averiguação acerca dos fatos partiu de um pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A investigação dará conta não apenas das causas, mas também dos responsáveis pelo apagão. 

Edição: Rogério Jordão