Coronavírus avança

Em dia de recorde mundial da pandemia, Brasil registra mais de 800 mortes por covid

Ministro da Economia diz que haverá prorrogação do auxílio emergencial se país passar por segunda onda da pandemia

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

coronavirus
Pandemia avança com mais velocidade no mundo. - Fusion Medical Animation/ Unsplash

O número diário de óbitos pela covid-19 no Brasil chegou a 866 nesta quinta-feira (12), de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Desde a primeira semana de outubro, o país não ultrapassava a marca de 800 casos fatais confirmados em 24 horas. O total de mortes causadas pelo coronavírus desde domingo (8) já representa mais de 90% do que foi identificado na semana passada. 

::Brasil volta a registrar quase 50 mil novos casos da covid-19 em 24 horas::

Ao todo, 164.234 pessoas faleceram por causa da covid-19 em território nacional desde fevereiro. A soma de contaminados no período chegou a 5.779.383. Somente entre quarta (11) e quinta-feira (12), houve registro de 31.723 novos pacientes. Os números não incluem o Paraná. Segundo o Conass, houve problemas técnicos no acesso aos dados do estado

Auxílio emergencial

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que, se o Brasil passar por uma segunda onda da covid-19, haverá prorrogação dos pagamentos do auxílio emergencial. O benefício vigora desde maio, com valor de RS 600,00 nos primeiros três meses, aprovado pelo Congresso Nacional  e redução para R$ 300 nas parcelas mais recentes, determinado pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

::Segunda onda de contaminações bate recordes na Europa e é alerta para o Brasil::

Segundo Guedes, a prorrogação do auxílio em caso de uma segunda onda de pandemia "não é uma possibilidade, é uma certeza". Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”. As afirmações foram feitas em um evento promovido pelo setor de supermercados. 

Coronavírus no mundo

Globalmente, a pandemia alcançou recordes de óbitos e infectados nas últimas 24 horas. Foram confirmados 666.053 novos casos 12.241 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins, que acompanha o avanço do coronavírus no mundo todo. Até então, os números mais expressivos eram da semana passada. Na sexta-feira (6) houve registro de mais de 641 mil novos pacientes e na quarta-feira (4), de 11.031 casos fatais.

A velocidade na propagação do coronavírus vem aumentando consideravelmente em nações da Europa e nos Estados Unidos. Na França, por exemplo, o número de internados na chamada segunda onda já é superior ao registrado no primeiro surto. Uma em cada quatro mortes no país tem como causa o coronavírus.

Opas alerta para possibilidade de segunda onda da covid na América Latina

Na Itália, houve recorde de infectados, com quase 38 mil confirmações da doença em 24 horas. O país ultrapassou a marca de um milhão de contaminados nessa quarta-feira (11). O Reino Unido também alcançou patamares nunca antes observados. Mais de 33,4 mil moradores da região receberam o diagnóstico em um dia. 

Os Estados Unidos vêm registrando mais de 100 mil infectados a cada 24 horas já há alguns dias. Na terça (10) e na quarta (11), o país teve mais de 140 mil confirmações da doença por dia. Os dados representam recorde absoluto em relação a todas as outras nações. Hoje, os estadunidenses representam cerca de 20% das ocorrências de covid do planeta. Junto com Índia e Brasil, o país tem quase metade dos contaminados do mundo.

O que é o novo coronavírus

Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

 

 

 

 

Edição: Rodrigo Chagas