Em 26 de outubro, o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSB), anunciou a transformação de 200 colégios públicos estaduais em escolas militarizadas. Professores, alunos, pais e mães foram surpreendidos com a proposta, já que em nenhum momento anterior o tema foi debatido junto à comunidade.
A Secretaria de Educação, após aprovação do projeto na Assembleia Legislativa, convocou mães, pais ou responsáveis para irem às escolas votar pela adesão ou não à militarização. Famílias ouvidas pelo Brasil de Fato PR se posicionaram contrárias ao projeto e disseram que não houve explicação da proposta e que as escolas não atendiam critérios definidos pelo governo, como vulnerabilidade e baixo rendimento.
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Juliana Santos, mãe de uma aluna do 6º ano, explicou o voto: “Como mãe. votei não à militarização da escola. Primeiro, entendendo que a escola não possui os requisitos de vulnerabilidade e baixo rendimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Aqui no bairro, é uma referência, foi revitalizada graças à atuação da diretora com a comunidade, tem curso de línguas, prática de esportes, entre outros projetos. Eu acho que a militarização vem acabar com todos esses projetos, incluindo o Educação de Jovens e Adultos (EJA), que eu mesma cursei e o curso de línguas. Além disso, essa votação foi em cima da hora e não foi explicada a proposta para os pais".
Matilde Aparecida Antunes, mãe de seis filhos, dois estudantes de colégio estadual, também discorda do projeto: “Eu sou contra esse projeto porque temos um ótimo diretor, excelentes professores. Meu esposo estudou nesse colégio, e minhas duas outras filhas também. Eu não tenho nada a reclamar, só a agradecer. Eu tenho um filho com epilepsia que estuda lá e sempre foi acompanhado de perto pela equipe pedagógica. Se esse projeto for aprovado, meu filho já não irá poder estudar lá, porque vai ter outra proposta.“
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Luciana Mendes, mãe de um aluno do 8º ano de escola estadual, disse “sou contra porque a gestão, equipe pedagógica do colégio que meu filho estuda são excelentes, acolhedores e sempre dialogaram e posicionaram aos pais sobre tudo o que acontece na escola. Sou fã do jeito que eles conduzem a educação e acredito que não é preciso mudar. Se tem melhorias que o governo quer fazer, que faça com a gestão que já existe.”
Fonte: BdF Paraná
Edição: Rebeca Cavalcante e Gabriel Carriconde