perseguição

Mulheres palestinas são detidas arbitrariamente pelas forças de ocupação isralelenses

Organizações feministas e de esquerda denunciam ataques noturnos e prisões ilegais na região da Cisjordânia

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Khitam Saafin, presidenta da União dos Comitês de Mulheres Palestinas, foi detida nesta segunda-feira (02) - Divulgação

Organizações feministas e movimentos palestinos denunciaram nessa terça-feira (03) a prisão de duas militantes palestinas. Khitam Saafim, presidenta da União dos Comitês de Mulheres Palestinas, e a estudante Shata al-Tawil foram presas na noite dessa segunda (02) em uma invasão noturna das forças de ocupação isralense em suas casas, nas cidades de Beitunia e Al-Bireh, respectivamente.

Em uma declaração publicada nesta terça, diversos movimentos e organizações feministas como o Sindicato das Mulheres Trabalhadoras Palestinas, a União dos Comitês das Mulheres Palestinas e a Marcha Mundial das Mulheres (da região do Mena), entre outros, expressaram sua solidariedade e exigiram a libertação imediata das prisioneiras políticas palestinas. 

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Saafim e Tawil estão detidas, assim como outras e outros presos políticos palestinos, em prisões isralenses sem acusações formais e sem direito a julgamento. Nesse contexto, as organizações fizeram também um chamado às organizações de direitos humanos e à comunidade internacional para que pressionem o Estado israelense “pela liberdade de Saafin e de todas as vítimas de prisões arbitrárias”, frente à flagrante violação da IV Convenção de Genebra, que outorga proteção aos civis, inclusive em território ocupado.

Os movimentos denunciam que as forças israelenses têm realizado, com frequência, incursões noturnas e realizado detenções ilegais, como forma de propagar terror e criminalizar a resistência contra a ocupação e o apartheid impostos por Israel.

Durante as invasões israelenses, foram detidos também o ex-prisioneiro político e ativista sindical Mohammad Jawabreh e o líder de esquerda Jamal Barham. Ambos tiveram suas casas invadidas e saqueadas.

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As prisões das e dos militantes palestinos ocorrem em um momento muito delicado devido à pandemia de coronavírus. Na declaração divulgada nesta terça (03), as organizações enfatizaram que as precárias condições de vida nas prisões israelenses representam uma ameaça muito grave à vida e à saúde física dos prisioneiros, com pelo menos 12 casos confirmados de covid-19.

*Com informações do Peoples Dispatch.

Edição: Luiza Mançano