Um time de vinte artistas, formado por instrumentistas, profissionais da dança, da poesia e das artes cênicas, compõem a programação do II Festival da Cultura Cubana nos próximos dias 7 e 8 de novembro. A edição deste ano será totalmente online, em respeito às medidas sanitárias de contenção da covid-19. As transmissões serão de graça e vão contar com nomes consagrados e novos representantes da arte cubana (veja como assistir no fim da matéria).
Entre as atrações, o público vai poder conferir uma verdadeira instituição cubana, com mais de oito décadas de existência. A Orquestra Aragón, considerada a “mãe de todas as charangas”, abre o festival no sábado (07) a partir de 12h. Ao longo de sua existência, o grupo foi casa de alguns dos maiores músicos de orquestra da ilha, viajou pelos principais palcos do mundo e lançou mais de 100 discos.
Leia também: Cuba, uma ilha cheia de cultura e tradição
Atualmente, a orquestra é inspiração para as gerações mais jovens e preserva elementos importantes, com origem na mescla de sonoridades africanas e espanholas. A orquestra é considerada patrimônio cultural da humanidade pela Unesco, tem três indicações ao Grammy Latino e recebeu a Medalha Pablo Picasso de melhor orquestra do século XX.
Dança e teatro infantil presentes
O II Festival da Cultura Cubana terá presença também de artistas da dança cubana. A companhia Acosta Danza está na programação do domingo (8). O grupo foi criado pelo premiado bailarino cubano Carlos Acosta e leva ao palco uma perspectiva contemporânea que vai do balé às danças folclóricas e populares. Nas definições do próprio grupo, a companhia mantém a cultura cubana como principal referência e trabalha para levar ao mundo o valor das artes da ilha caribenha.
No mesmo dia, se apresenta outro grande nome da história da arte cubana, a companhia de teatro infantil La Colmenita. Com trinta anos de existência, o grupo é embaixador da boa vontade da Unicef desde 2007 e tem papel importante da educação dos jovens cidadãos cubanos. Formada após a emblemática montagem do espetáculo “Sinfonía para una Perla, en Mar Mayor”, em 1989, La Colmenita começou com 14 artistas. Hoje é reconhecida não só pelo povo cubano, mas também internacionalmente.
Homenagens a quem fez a história
Parte das comemorações pelo Dia Nacional da Cultura Cubana, celebrado em 20 de outubro, o Festival presta homenagem ao centenário de nascimento da bailarina e coreógrafa Alicia Alonso. Considera uma lenda da dança, ela é a única latino-americana a ter recebido o título de "prima ballerina assoluta".
O evento também vai comemorar os 50 anos do personagem de animação Elpidio Valdés, criado pelo quadrinista e animador Juan Padrón. Ele é considerado o pai da animação cubana e faleceu em março deste ano, aos 73 anos. Elpidio Valdés é uma marca da cultura infantil de Cuba. Criado em 1970, ele representa os camponeses na luta contra a colonização
Na lista de homenageados está ainda o emblemático artista plástico Alfredo Sosabravo. Autodidata, ele trabalha um estilo único em pinturas e esculturas que exploram a interação entre a natureza, a humanidade e a tecnologia. Sosabravo é reconhecido mundialmente e recebeu prêmios em diversos países. Um deles, o mais importante de Cuba, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas.
Como assistir?
O II Festival da Cultura Cubana será transmitido pela TVT (TV dos Trabalhadores), que pode ser sintonizada no canal 44.1, na grande São Paulo. As atrações também estarão disponíveis no Facebook do Consulado Geral de Cuba em São Paulo e no canal do Youtube do Brasil de Fato.
Confira a programação completa abaixo:
Data: 7 de novembro (Sábado) - a partir de 12h
- Orquestra Aragón
- Mauricio Figueiral e Luna Manzanares
- Vengsay Valdes
- Batanga & Cia
- Pancho Amat
- Los Muñequitos de Matanzas
- Felipe Chibas
- Los Van Van
Data: 8 de novembro (Domingo) - a partir de 12h
Septeto Habanero
La Colmenita
Acosta Danza
Aliesky Perez
Ferrer y Banda
Sintesis
David Blanco
Lizt Alfonso
Alejandro Falcón y Cuba Adentro
Grupo Moncada
Alejandra y Cubania
Maria Maia
Edição: Daniel Lamir