Rio de Janeiro

ELEIÇÕES

Popularidade de Crivella entre evangélicos é limitada, aponta Ibope

Para maioria do setor que elegeu atual prefeito em 2016, Eduardo Paes vencerá a eleição desta vez

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Prefeito do Rio foi eleito em 2016 com forte influência da população evangélica da capital
Prefeito do Rio foi eleito em 2016 com forte influência da população evangélica da capital - Mauro Pimentel/ AFP

Eleito em 2016 com forte apelo do voto evangélico, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), perdeu influência nesse setor da população carioca, de acordo com a pesquisa do Ibope divulgada nesta sexta-feira (16). A nova sondagem do instituto, que mostra o crescimento do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), sinaliza também para aumento da rejeição de Crivella entre evangélicos.

Em uma simulação de eventual segundo turno entre Eduardo Paes e Marcelo Crivella, o ex-prefeito tem 50% da preferência contra 21% do atual gestor da cidade. Quando a pergunta do Ibope é feita aos evangélicos, 39% afirmam que votariam em Crivella enquanto 32% optam por Paes. Votos brancos e nulos somam 25% e 5% não souberam responder.

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Ao mostrar aos eleitores evangélicos o nome de todos os candidatos que tiveram candidatura referendada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), a rejeição a Paes e Crivella é similar. O candidato do DEM não teria o voto de 40% dos evangélicos. Já os evangélicos que não votariam em Crivella de jeito nenhum, o índice é de 38%.

Os eleitores evangélicos entrevistados pelo Ibope também não acreditam na vitória de Crivella. Para 43% deles, Eduardo Paes vencerá a eleição. Para 26%, Marcello Crivella será eleito para governar a capital fluminense por mais quatro anos. Quanto à administração municipal, 36% afirmam que ela deve mudar totalmente, enquanto 28% dizem que alguns programas devem ser mantidos, mas o prefeito eleito deve "mudar muito coisa". Apenas 16% afirmam que "pouca coisa deve ser mudada".

O Ibope informa que a pesquisa eleitoral não tem o objetivo de antecipar os resultados da eleição, mas mostrar o cenário no momento em que ela foi realizada. "A pesquisa é uma fotografia do momento e não tem o poder e nem a intenção de prever o resultado de uma eleição. Por isso, seus resultados não podem ser usados para prever o resultado das urnas".

O Ibope ouviu 1.001 pessoas na capital fluminense entre os dias 13 e 15 e outubro. A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo.

Edição: Mariana Pitasse