O presidente do Irã, Hassan Rouhani, condenou nesta sexta-feira (09) as novas sanções impostas pelos Estados Unidos a 18 bancos do país, classificando como "cruel" e "desumano" as medidas que bloqueiam os canais iranianos de importação de alimentos e medicamentos.
O líder persa disse que as ações norte-americanas de sancionar as instituições financeiras do país têm "propósitos políticos". Segundo a agência Tasnim, Rouhani afirmou que Washington não será capaz de "esmagar" a resistência da nação iraniana com tais medidas.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, afirmou que as imposições norte-americanas é um "crime contra a humanidade", pois "conspira para matar de fome uma população" e que os "culpados" pelo bloqueio "enfrentarão a justiça".
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"Em meio à pandemia da covid-19, o regime dos Estados Unidos querem explodir nossos canais restantes que pagam por alimentos e medicamentos. Os iranianos sobreviverão a esta última das crueldades", disse.
Washington alegou que as novas medidas coercitivas buscam evitar que Teerã tenha acesso a recursos financeiros que "possam ser usados para financiar e usar em seu programa nuclear, desenvolvimento de mísseis, terrorismo e redes terroristas aliadas".
No entanto, o diretor do Banco Central do Irã, Abdolnaser Hematí, denunciou que algumas entidades que foram bloqueadas eram responsáveis pela importação de alimentos e remédios. Sendo que algumas trabalhavam com bancos estrangeiros que ainda tinham isenções da Casa Branca.
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Hematí disse que, a partir de agora, o Banco Central, juntamente com o setor privado, fará "todo o possível" para fornecer bens básicos e "não permitirá que mais pressão seja exercida" sobre a população. O diretor ainda acrescentou que a medida norte-americana é "propaganda para fins internos".
O Irã anunciou que com as novas sanções reduzirá os canais usados pelo país para importar produtos e bloqueará o acesso iraniano ao setor financeiro internacional.
Este é o último episódio de imposições realizadas por parte dos Estados Unidos, que declarou reinstaurar unilateralmente todas as sanções internacionais contra o Irã em setembro. Isso apesar do Conselho de Segurança das Nações Unidas considerar que não tinha o direito de fazê-lo.
(*) Da Redação Opera Mundi com teleSur.
