O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM), que lidera as intenções de voto na cidade, teve negado o pedido para interromper a tramitação de uma ação penal em que é acusado. A decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, mantém o julgamento do ex-prefeito do Rio, acusado de receber R$ 650 mil de "caixa dois" da Odebrecht durante campanha.
O processo será julgado ainda nesta quinta-feira (8) pela 229ª Zona Eleitoral do Rio. De acordo com o jornal Extra, três ex-executivos da empreiteira, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Leandro Andrade Azevedo e João Borba Filho, afirmaram em delação que Paes recebeu o dinheiro na campanha de 2008 em troca de contratos futuros com o município.
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Na última segunda-feira (5), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) também negou o pedido para o que se chama de "trancamento" da ação, ou seja, a interrupção por motivos excepcionais. Após a decisão, a defesa de Paes recorreu ao TSE.
O argumento da defesa é de que a denúncia não poderia ter sido recebida porque se basearia apenas em depoimentos obtidos via delação premiada pelo Ministério Público.
Segundo o Extra, o ex-prefeito nega ter recebido "caixa dois: em suas campanhas eleitorais e que tenha agido para beneficiar a empresa. Na semana passada, ele disse ao O Globo durante uma agenda de campanha que o julgamento era "assunto para advogado".
Edição: Jaqueline Deister