Começam a surgir homenagens a um dos maiores cartunistas de todos os tempos, o argentino Joaquín Salvador Lavado, conhecido como Quino, falecido nesta quarta (30) aos 88 anos de idade, em Mendoza. O gaúcho Adão Iturrusgarai disse ao Brasil de Fato que "todo cartunista da minha geração foi influenciado por Quino", a quem descreve como "um gigante latino-americano".
Radicado há anos na Argentina, Adão prossegue dizendo que "tenho amigos argentinos que dizem ter sido alfabetizados por ele".
Outro grande nome do quadrinho nacional, Laerte, também prestou sua homenagem ao mestre argentino em sua conta no Twitter:
essa eu fiz em 2014, em homenagem ao Quino: pic.twitter.com/kwYURWegcy
— Laerte Coutinho (@LaerteCoutinho1) September 30, 2020
O maior legado de Quino é a personagem Mafalda, cujas tirinhas começaram a ser publicadas em 1964, no contexto da ditadura argentina.
A primeira tradução das tiras de Mafalda no Brasil aconteceu na década de 1970. Apesar de as tirinhas se passarem no contexto argentino, elas tinham caráter universal.
O escritor e filósofo Umberto Eco, por exemplo, dizia que Mafalda era “uma heroína zangada, que não aceita o mundo como ele é". Na última terça-feira (29), a personagem completou 56 anos.
Quino foi o cartunista de língua espanhola mais traduzido para outros idiomas. Através das redes sociais, outros cartunistas e personalidades homenageiam e se despedem do autor.
Edição: Luiza Mançano e Rodrigo Durão Coelho