Maior mostra de filmes no gênero documental no Brasil, a 25ª edição do Festival Internacional de Documentários "É Tudo Verdade" começa nesta quinta-feira (24) e vai até o próximo dia 4 de outubro, com exibição gratuita de produções nacionais e de outros países em plataformas digitais.
Entre os destaques da programação está "A Cordilheira dos sonhos", do diretor chileno Patrício Guzmán e que ganhou o prêmio de melhor documentário a edição de 2019 do Festival de Cannes, na França. Com o filme, Guzmán encerra a trilogia do passado chileno sob a ditadura de Pinochet abordada também em "Nostalgia da luz" (2010) e "O botão de pérola" (2015).
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Sonhos, utopias e o passado de ditadura também estão tematizados em alguns filmes da produção nacional. "Libelu - abaixo a ditadura", de Diógenes Muniz, conta a história de grupos clandestinos e estudantis contra o AI-5 (Ato Institucional nº5). O olhar do cinema sobre outras ditaduras pelo mundo no "breve (e acelerado) século XX", como definiu o historiador Eric Hobsbawm, também estão na programação.
Outro destaque é a presença do já veterano cineasta Silvio Tendler, que resgata a história do documentarista Santiago Álvarez. O cubano registrou importantes fatos históricos nos últimos 60 anos em todo o mundo, como a Revolução Cubana, a Guerra do Vietnã, o processo de independência de nações africanas e a desintegração do bloco soviético.
Entre os filmes brasileiros, diversos longa-metragens trazem, por exemplo, novos olhares sobre a música. Jair Rodrigues ("Deixe que digam", de Rubens Rewald) e os Paralamas do Sucesso ("Os quatro paralamas", de Roberto Berliner) são alguns dos artistas que têm a carreira revista pelos cineastas e o público do "É Tudo Verdade".
A programação completa do "É Tudo Verdade" pode ser consultada aqui. Os debates ao vivo são apresentados no canal do festival no Youtube, mas para assistir aos filmes é preciso fazer o cadastro gratuito na plataforma Looke, conforme instruções na página oficial da mostra de documentários.
Edição: Eduardo Miranda