Rio de Janeiro

CORRUPÇÃO

Câmara rejeita abertura de processo de impeachment contra Crivella

Ao todo, foram 24 votos contrários a denúncia e 20 favoráveis; prefeito segue blindado pela maioria dos vereadores

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Prefeito Crivella
Casa de Crivella, na Barra da Tijuca, e sedes da Prefeitura, na Zona Sul e no Centro do Rio, foram alvos de busca e apreensão - Marcos Corrêa/PR

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro rejeitou na tarde desta quinta-feira (17), por 24 a 20 votos, o pedido de abertura de processo de impeachment contra o prefeito da capital, Marcelo Crivella (Republicanos). O pedido foi protocolado pelo Psol na última terça-feira (15), com base na operação "QG da Propina", deflagrada pelo Ministério Público do estado e pela Polícia Civil no última dia 10.

A operação "QG da Propina" apura denúncias de organização criminosa e um esquema de corrupção na administração municipal carioca e que teria a Riotur, empresa de turismo do município, como canal para o pagamento de propina. A ação foi um desdobramento da primeira fase da Operação Hades, realizada no dia 10 de março deste ano.

No dia da operação, a polícia e o MP estiveram em endereços ligados ao prefeito: a residência de Crivella, na Barra da Tijuca, onde foi apreendido um de seus celulares, o Palácio da Cidade, na Zona Sul carioca, onde foi apreendido um pendrive no gabinete do prefeito e a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, na região central da capital. 

Este é o quinto pedido de impeachment arquivado pela maioria dos vereadores. No início do mês, a Câmara rejeitou, por 25 a 23 votos, o pedido de abertura de processo com base na denúncia sobre o caso que ficou como conhecido como "Guardiões do Crivella". Segundo a denúncia, a Prefeitura utilizou dinheiro público para que servidores municipais montassem equipes em hospitais públicos com o objetivo de atrapalhar o trabalho da imprensa.

No dia seguinte à rejeição do impeachment, a Câmara decidiu aprovar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

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Edição: Eduardo Miranda