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Aprovada greve da Educação em defesa da vida

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Servidores e professores/as no Paraná têm enfrentado os governos neoliberais
Servidores e professores/as no Paraná têm enfrentado os governos neoliberais - APP-Sindicato
Centenas de educadores participaram deste momento histórico e aprovaram uma greve em defesa da vida

Neste sábado (12), ocorreu a primeira assembleia virtual da APP-Sindicato.

Centenas de educadores/as participaram deste momento histórico e aprovaram uma greve em defesa da vida caso o governo do Paraná insista em retomar as aulas presenciais neste ano letivo 2020.

Temos avaliado que o Brasil, bem como o Paraná perderam a batalha para a pandemia da covid-19. O número de contaminações e de óbitos insiste, há semanas, em manter-se num patamar que indica a impossibilidade de retomada das aulas com garantias suficientes para evitar o agravamento do quadro. Diante de um quadro que aprofunda cada vez mais a cultura do negacionismo, a começar pelo péssimo exemplo do presidente, estamos infelizmente ainda longe da superação da crise no Brasil.

Outro dado grave é o número cada vez mais reduzido de isolamento. A chegada antecipada do calor e o vai e vem de decretos municipais, modificando e confundindo a opinião pública quanto à eficácia das medidas, tem feito a população cada vez mais descrente das autoridades políticas.

Diante desse ambiente a retomada de aulas nas escolas ainda que com número reduzido de estudantes, professores/as e funcionários/as, não garantirá nem a vida e a saúde e mesmo a aprendizagem estará prejudicada diante da insegurança de um convívio marcado por protocolos que dificilmente serão cumpridos na maioria das escolas cujas estruturas são inadequadas para tempos de normalidade quiça com uma pandemia ainda em curso.

Temos afirmado que o ano de 2020 só estará perdido para as vidas levadas pela doença. Todo os conteúdos escolares poderão ser retomados no momento oportuno quando a segurança esteja garantida. Por isso, cresce no Brasil a reflexão da possibilidade de se estabelecer um calendário unificado entre 2020 e 2021, em que todo um processo de retomada, com planejamento participativo, de cada comunidade escolar garanta que nenhum estudante avance com lacunas de aprendizagens.

A assembleia do sindicato também aprovou um intenso calendário de mobilizações virtuais diante dos ataques dos governos Bolsonaro e Ratinho Jr, sobre os/as servidores/as. Barrar a reforma administrativa que apenas ataca os servidores das mais baixas médias salariais, congelamento de direitos como promoções e progressões, combate contra as terceirizações de funcionários/as das escolas e respeito às regras de contratações temporárias também foram avaliadas e aprovadas.
Num cenário em que prefeitos/as, governadores (com exceções), e o governo federal se subordinam às pressões de agentes econômicos, desdenham a ciência e banalizam a vida, cabe aos trabalhadores e sobretudo aos que trabalham com o conhecimento o protagonismo da defesa da vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edição: Pedro Carrano