A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro cumpriram, na manhã desta quinta-feira (10), 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça. Entre os alvos, está o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), que teve um de seus celulares apreendido em sua casa, na Barra da Tijuca, além de um pendrive que estava no gabinete do Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul da capital.
A operação "QG da Propina" apura denúncias de organização criminosa e um esquema de corrupção na administração municipal carioca e que teria a Riotur, empresa de turismo do município, como canal para o pagamento de propina. A ação desta manhã é um desdobramento da primeira fase da Operação Hades, realizada no dia 10 de março deste ano.
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A polícia também esteve na sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, região central da cidade, e em endereços ligados ao suplente de Crivella e ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos), ao empresário Rafael Alves, irmão do ex-presidente da Riotur Marcelo Alves, e Mauro Macedo, ex-tesoureiro de Crivella e primo do presidente da Igreja Universal, Bispo Edir Macedo.
As investigações têm como base a delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso na operação "Câmbio, Desligo", um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Segundo o doleiro, em depoimento no final de 2019, o empresário Rafael Alves, que não tem cargo na Prefeitura, mas é próximo de Crivella, era responsável pela liberação de verbas para empresas mediante pagamento de propina. Na época, o doleiro chamou a negociação dentro da Riotur de "quartel-general da propina".
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O Ministério Público não deu detalhes sobre a operação, mas informou que as diligências desta manhã foram feitas em endereços residenciais e funcionais de agentes públicos municipais e empresários na capital, nos bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Tijuca, Flamengo, e em Itaipava (Região Serrana) e Nilópolis (Região Metropolitana).
Edição: Eduardo Miranda