O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (DEM) foi alvo nesta terça-feira (8) de um mandado de busca e apreensão, segundo a GloboNews. Agentes do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), ligado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), estiveram na residência de Paes em São Conrado, na Zona Sul da capital fluminense, antes das sete da manhã.
A operação é desdobramento da denúncia de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica oferecida pelo Ministério Público e aceita pela Justiça Eleitoral, que expediu o mandado com a autorização do juiz Flávio Itabaiana. Com isso, Paes e mais quatro pessoas viraram réus.
A decisão não torna o ex-prefeito inelegível. Para ser impedido de concorrer nas eleições, ele precisa ser condenado na Justiça de segunda instância. Paes é candidato do DEM e o nome que ameaça o atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), nas últimas pesquisas de intenção de voto.
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Em nota, Eduardo Paes disse que ficou "indignado" com a ação às vésperas das eleições e disse que a medida é uma "tentativa clara de interferência do processo eleitoral - da mesma forma que ocorreu em 2018 nas eleições para o governo do Estado", quando ele também foi candidato. A defesa do ex-prefeito disse ainda que sequer teve acesso aos termos da denúncia e assim que tiver detalhes do processo irá se pronunciar.
O Ministério Público ainda não forneceu detalhes a respeito da denúncia. O juiz Flávio Itabaiana é o mesmo que está à frente do caso das "rachadinhas" envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e o ex-assessor da família Bolsonaro Fabrício Queiroz.
Edição: Eduardo Miranda