Após dois anos do incêndio que destruiu o Museu Nacional, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram novos resultados da busca por peças históricas. Nesta terça-feira (1), foram reveladas nove peças resgatadas da coleção de Arqueologia Clássica da instituição. As peças foram recuperadas durante escavações.
Com o fogo, a maior parte do acervo da instituição foi perdida e danificada. As peças reencontradas agora foram trazidas ao Brasil pela Imperatriz Teresa Cristina de Bourbon, em 1843. Elas foram descobertas originalmente em de escavações arqueológicas que foram feitas em cidades próximas a Nápoles, na Itália.
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Ao todo, a coleção da imperatriz no museu contava com cerca de 700 peças. Entre os itens havia amuletos, panelas, pulseiras, anéis, estatuetas e vasos produzidos entre o século VII a.C e III d.C.
O incêndio no Museu Nacional aconteceu em 2 de setembro de 2018 - ano em que a instituição completou 200 anos. A maior parte do acervo, de cerca de 20 milhões de itens, foi totalmente destruída. Fósseis, múmias, registros históricos e obras de arte viraram cinzas. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade. Em julho deste ano, a Polícia Federal concluiu que o incêndio começou em um aparelho de ar condicionado do museu e descartou conduta criminosa.
Em agosto, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) assinou um termo de doação de R$ 20 milhões para as obras do Museu Nacional, que tem previsão de reabertura parcial para setembro de 2022. A transferência foi viabilizada pela aprovação da Lei 8.971/20, de autoria dos deputados André Ceciliano (PT), presidente da Alerj, Waldeck Carneiro (PT), Flávio Serafini (Psol) e Renan Ferreirinha (PSB).
Edição: Mariana Pitasse