O governo federal determinou que a Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no centro do Rio de Janeiro, deixe o prédio que pertence aos Correios até este sábado (15). O comunicado de despejo foi entregue à escola em 2019. A ação faz parte dos planos de privatização das estatais brasileiras, já que os Correios estão entre as empresas que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende vender.
Leia também: Jandira Feghali: "Falar em teto de gastos em plena pandemia é perverso com o povo"
A Escola de Cinema Darcy Ribeiro está no edifício há 20 anos, desde janeiro de 2000, quando o local foi cedido pelos Correios. O espaço estava em desuso desde 1993 e encontrava-se em estágio avançado de deterioração, segundo a direção da Darcy Ribeiro. Na época, a escola de cinema realizou investimentos para a restauração, recuperação, adequação e manutenção nos cinco pavimentos do edifício.
No ano passado, quando recebeu a notícia de despejo, a direção da Darcy Ribeiro havia informado que vinha "apostando em uma solução amigável com os Correios para que continue cumprindo um de seus maiores objetivos: contribuir para o fortalecimento e a consolidação do cinema brasileiro". Mas as conversas com o governo federal não avançaram.
Leia também: Projeto que prevê proteção da Floresta do Camboatá segue em debate na Alerj
Nas redes sociais, o vereador Reimont (PT) disse a decisão dos Correios de reaver o prédio que emprestou, há 20 anos, para a Escola de Cinema Darcy Ribeiro precisa ser revista com urgência.
"Esse imóvel deve ser integralmente cedido para a instituição, que, além de ser uma referência na formação profissional de um importante setor, é um patrimônio histórico imaterial do Rio de Janeiro. Seria absurdo ficar sem a sede física na qual investiu ao longo de todos esses anos. Escola de Cinema Darcy Ribeiro resiste!".
Edição: Eduardo Miranda