A Bolívia vive uma das semanas de maior conflito desde o golpe contra o ex-presidente Evo Morales (MAS-IPSP), em novembro de 2019. Trabalhadores do campo e da cidade estão em greve geral há mais de dez dias, bloquearam centenas de rodovias pelo país e vêm sendo reprimidos pelas forças de segurança comandadas pela presidenta interina, Jeanine Áñez.
Entre as demandas dos manifestantes da Central Operária Boliviana (COB) e das organizações que integram o Pacto de Unidade, estão a renúncia de Áñez e garantias para realização de novas eleições em outubro, após três adiamentos.
Morales chegou a se referir ao atual momento como um “novo golpe” das forças de extrema direita do país, desta vez para impedir que seu ex-ministro Carlos Arce, também do MASP-IPSP, seja eleito. Arce é o favorito nas pesquisas eleitorais.
Para comentar o cenário político e analisar as perspectivas para os próximos meses, o Brasil de Fato fez uma conversa em vídeo nesta quinta-feira (13) com Gladstone Leonel Jr., professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), doutor em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador do constitucionalismo latino-americano.
Confira na íntegra:
Edição: Rodrigo Chagas