Coronavírus avança

Covid: Brasil tem segunda semana com mais casos desde o começo da pandemia

O número de novos casos no período ultrapassou 300 mil e país registra mais de sete mil mortes novamente

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Segundo OMS, avanço da covid no Brasil exige medidas articuladas entre esferas de governo e sociedade - Christiano Antonucci – Secom-MT/ Fotos Públicas

Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), os registros de caso na semana entre 26/07 a 01/08 chegaram a 331.364. É o segundo maior resultado para uma semana desde que o vírus foi identificado oficialmente pela primeira vez no Brasil, em fevereiro. O recorde foi registrado entre os dias 19/07 e 25/07, quando mais de 319 mil brasileiros receberam a confirmação de que estavam infectados. 

O número de confirmações de mortes por causa da covid-19 no Brasil ficou acima de sete mil no período de uma semana pela sétima vez consecutiva. Segundo dados consolidados, referentes aos dias 26/07 a 01/08, foram registrados 7.114 óbitos. Apesar disso, houve queda em relação à semana anterior, quando foram relatados mais de 7.700 casos fatais da doença. 

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Ainda de acordo com o Conass, entre domingo (02/08) e segunda-feira (03/08), somaram-se aos dados oficiais 556 novos registros de óbitos e 16.476 infectados. Com isso, o total de mortes chega a 94.660. A covid-19 já contaminou 2.750.153 no Brasil. 

Análise da Fiocruz

Nesta segunda-feira (03), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou a edição mais recente do boletim do Observatório Fiocruz Covid-19. Os dados analisados pela instituição mostram que, entre 19 a 25 de julho, as maiores taxas de incidência e mortalidade da Covid-19 foram observadas em Rondônia, Roraima, Amapá, Sergipe, Mato Grosso e no Distrito Federal. O boletim alerta também para tendência forte no aumento de óbitos em Roraima, Rondônia e Amapá, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

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Os estudo registrou ainda uma flutuação considerável nos registros de casos, com mudanças de tendência em alguns estados. Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo,reverteram a queda que vinha sendo registrada anteriormente. Segundo a Fiocruz, o cenário "pode ser consequência tanto da flexibilização do isolamento e da interiorização da pandemia, quanto do aumento do número testes realizados." 

OMS demonstra preocupação

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que a situação do Brasil continua muito preocupante. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (3), ele ressaltou que os registros seguem altos. "A contagem média diária é de 60 mil casos e mais de mil mortes por dia", alertou. 

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Diante dos números, Ryan destacou a importância do isolamento e da testagem. " O governo precisa fazer sua parte, para detectar e isolar casos, rastrear contatos, quando possível, e criar condições nas quais a doença não pode se espalhar facilmente", afirmou. 

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Ainda assim, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que há tempo de reverter a situação "Eu gostaria de citar Martin Luther King: 'o momento sempre é certo para fazer o que é certo'. Acho que o que podemos aprender com isso é: não devemos desistir. Qualquer coisa pode ser revertida. Nunca é tarde demais. No Brasil ou em outros lugares, a situação pode ser revertida"

O que é o novo coronavírus?

É uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

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Edição: Rodrigo Durão Coelho