Neste sábado (25), quando acontece a segunda paralisação nacional dos entregadores de aplicativo em todo o país, uma ação solidária será realizada em apoio ao protesto dos trabalhadores no Rio de Janeiro. A partir das 11h, mais uma edição da “Marmita Solidária” distribui 300 quentinhas aos entregadores na Lapa, no centro da cidade. A iniciativa é organizada por movimentos populares e centrais sindicais.
Essa é a quarta edição da “Marmita Solidária”, que já distribuiu cerca de 1.300 quentinhas com alimentos agroecológicos no estado. Segundo a organização, esta edição tem como tema “comida para quem entrega comida” e seguirá todos os protocolos de saúde para evitar a disseminação do coronavírus.
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A paralisação dos entregadores reivindica fixação do valor da entrega por tabela, aumento da taxa mínima, fim dos bloqueios e desligamentos de forma injusta, uma legislação específica para os entregadores de aplicativo e o auxílio-pandemia, com fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) e licença remunerada em caso de afastamento pelo coronavírus.
“Os entregadores de aplicativos passam por condições indignantes do cotidiano de trabalho, são submetidos a jornadas extenuantes, não têm garantia de direitos sociais, como proteção para acidentes de trabalho, seguro de vida e equipamentos de proteção individual. Com a pandemia, os serviços de entrega via aplicativos se tornaram um serviço essencial, e esses trabalhadores passaram a ter mais trabalho, viram a renda cair e estão expostos à contaminação”, conta o entregador Ralf Alexandre Campos Elisiario.
Representante do movimento Breque dos Apps no Rio, Campos reforça o pedido para que os usuários não façam pedidos nos aplicativos neste sábado (25).
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A “Marmita Solidária” é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores por Direitos, Levante Popular da Juventude, Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), União da Juventude Socialista (UJS), Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Rio de Janeiro e a Frente Brasil Popular (FBP).
Edição: Mariana Pitasse