De domingo (26) a quinta-feira (30), acontece a quinta edição do Julho Negro. Neste ano, pela primeira vez, com todas as atividades online por conta da pandemia do novo coronavírus. O evento, organizado por movimentos de mães e familiares vítimas da violência do Estado e por movimento de favelas do Rio de Janeiro, vai discutir nesta edição a maneira como a pandemia agrava o racismo e a militarização no mundo. A programação completa será divulgada na página do Facebook.
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O Julho Negro reúne, a cada ano, desde 2016, representantes de movimentos de favelas, comunicadores populares, coletivos negros e organizações da sociedade civil, com o objetivo chamar a atenção para o genocídio da população negra e para as consequências da militarização do cotidiano das favelas e periferias. Na primeira edição, o evento promoveu um encontro com representantes do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em português), no Rio.
Julho é o mês que marca a Chacina da Candelária, uma das maiores tragédias da história do Rio. Na madrugada de 23 de julho de 1993, dezenas de crianças e adolescentes dormiam perto da Igreja da Candelária, no centro da cidade, quando dois carros pararam e homens armados abriram fogo. Oito jovens morreram e vários outros ficaram feridos. Os homens identificados como responsáveis pelos disparos era policiais militares.
Edição: Mariana Pitasse