Paraná

CULTURA

Artistas da fotografia vendem imagens para ajudar profissionais em vulnerabilidade

Galeria virtual pode ser acessada para a compra de impressões de alta qualidade

Curitiba (PR) |
A entidade organizou uma galeria virtual de fotografias para a venda de impressões em alta qualidade - Diagramação: Vanda Morais I Foto: Lua Voigt

Em meio à pandemia de coronavírus e com impacto da crise sobre o setor audiovisual, diretores e diretoras de fotografia uniram-se para lançar a ONG Plano Sequência e ajudar profissionais desse mercado em situação de vulnerabilidade. A entidade organizou uma galeria virtual de fotografias para a venda de impressões em alta qualidade. Cada artista colabora doando três fotografias. O valor captado será 100% doado para programas de ajuda aos profissionais do audiovisual.

Segundo Azul Serra, diretor de fotografia e um dos fundadores da ONG, a ideia é, também, a partir da galeria, mostrar o audiovisual que se deseja para o Brasil. “Já tivemos uma primeira edição e conseguimos arrecadar 240 mil reais. Nessa segunda, estamos conseguindo trazer uma pluralidade nos trabalhos expostos para venda. Temos mais mulheres, artistas negros e negras, indígenas etc. Assim, podemos mostrar o que queremos como audiovisual para um país cada vez mais diverso e igualitário.”

A integrante da redação do Brasil de Fato Paraná, fotojornalista curitibana e que faz parte do conselho de curadoria da galeria virtual, Giorgia Prates, destaca que por meio da galeria é possível também repensar construções imagéticas. “Pensar que o olhar do colonizador está instaurado e anda de mãos dadas com o racismo estrutural para poder recriar a arte para além do capitalismo.” Na galeria, é possível encontrar trabalhos de diretores como Andrucha Waddington, Bob Wolfenson, Daniela Thomas e Walter Salles.

Edição: Gabriel Carriconde