Rio de Janeiro

SAÚDE

Governo do Rio fecha hospitais de campanha do Maracanã e de São Gonçalo

Medida seria "um fechamento preventivo", já que contrato com a OS Iabas se encerra neste sábado (18)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
hospital maracanã
Hospital de campanha do Maracanã começou a ser construído em abril - Governo do Estado do Rio de Janeiro

O governo do estado do Rio decidiu encerrar nesta sexta-feira (17) as atividades dos hospitais de campanha do Maracanã, na zona norte do Rio, e o de São Gonçalo, na região metropolitana. O governo se justificou informando que se trata de "um fechamento preventivo", já que o contrato com a OS (Organização Social) Iabas termina neste sábado (18).

Segundo o site G1, os quase 40 pacientes dos dois hospitais começaram a ser transferidos na manhã desta sexta.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), no entanto, informou em comunicado que os hospitais de campanha não serão fechados neste momento e que a Fundação Saúde, que opera a intervenção no contrato do governo com a Iabas, irá ceder profissionais para atuarem nas unidades para onde os paciente estão sendo transferidos.

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A OS Iabas disse, em nota, que também não foi comunicada a respeito do fechamento dos hospitais e que apenas havia enviado na última terça-feira (14) um ofício à SES solicitando a rescisão do contrato para que a Fundação assumisse a gestão. 

Justiça

Na tarde desta sexta-feira (17), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) entraram com uma petição na Justiça para que o governo do Rio não transfira nem deixe de admitir novos pacientes nas unidades. Segundo o MP e a DPRJ, a conduta "viola frontalmente decisão da 25ª Vara Cível, que expressamente determinou a ampliação e integral funcionamento dos leitos na unidade".

“Certamente a transferência açodada dos pacientes importará em inúmeros obstáculos de logísticas, e exigirá, num momento de enorme escassez de recursos, leitos disponíveis, ambulâncias qualificadas e higienizadas para cada uso e equipes médicas para acompanhar cada um dos traslados”, diz a petição, acrescentando que a justificativa de vencimento do contrato "apenas comprova a desorganização estatal".

 

 

Edição: Eduardo Miranda