Otto Sonnenholzner renunciou ao cargo de vice-presidente do Equador, na manhã desta terça-feira (7). A medida intensifica a instabilidade política do governo de Lenin Moreno, faltando menos de um ano para as eleições presidenciais, marcadas para fevereiro de 2021.
Em seu discurso de renuncia, Sonnenholzner, que é economista, sinalizou que deve ser uma opção nas urnas equatorianas. “O Equador enfrentará uma das eleições mais relevantes de sua história. Por isso, hoje, o melhor serviço que podemos prestar ao nosso país é trabalhar na construção de um caminho nos leve para longe da desigualdade, da fome, do desemprego e da corrupção."
Em outro trecho de seu discurso, Sonnenholzner volta a flertar com a propaganda eleitoral. “Não me sinto e nunca me senti um político. Porém, sei que nosso mundo mudou. Nessa nova realidade, necessitamos de novas formas de fazer política. O Equador necessita de novas soluções para afrontar os problemas. Por isso, hoje, que o Equador está em uma situação mais estável, posso finalmente tomar essa decisão”, anunciou.
Sonnenholzner ficou 574 dias no poder e foi o terceiro vice-presidente de Lenin Moreno, que segue isolado no Palácio do Carondolet, em Quito, durante o período da pandemia do coronavírus. Antes de Sonnenholzner, Jorge Glas e Maria Alejandra Vicuña ocuparam a vice-presidência. Glas perdeu o cargo após se ausentar por mais de 90 dias - ele estava detido, acusado de corrupção. Já Vicuña renunciou após ser, também, acusada de desvio de dinheiro público.
Edição: Rodrigo Durão Coelho