Uma chácara utilizada pelo grupo armado de extrema-direita 300 do Brasil, do qual a extremista Sara Winter é a líder, foi alvo de uma mandado de busca e apreensão, na manhã deste domingo (21), cumprido pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (CECOR).
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No local, localizado na região de Arniqueiras, em Águas Claras, uma das cidades satélites da capital federal, ninguém foi preso, mas foram apreendidos fogos de artifício, telefones celulares, um facão, cartazes e outros elementos utilizados em manifestações.
A diligência é parte da investigação em cima de supostos crimes de milícia privada, ameaça e porte ilegal de armas, conforme informou a assessoria de imprensa do órgão ao jornal Folha de S. Paulo. Além do grupo 300 do Brasil, também são investigados os Patriotas e QG Rural, ambos com as mesmas características do primeiro.
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Os 300 do Brasil defende o governo de Jair Bolsonaro e é a favor de intervenção militar no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional. No último domingo (14), integrantes do grupo soltaram fogos de artifício de rojões em direção ao STF, o que culminou em uma investigação aberta pela a Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitada pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, para responsabilizar os autores.
No dia seguinte, segunda-feira (15), Sara Winter foi presa em uma operação da Polícia Federal (PF). A decisão foi dada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações antidemocráticas. A investigação foi aberta a partir de pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, em razão de protestos contra o Congresso e o próprio STF em 19 de abril.
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Sara Winter já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão, em 27 de maio, em outro inquérito: o que apura a disseminação de fake news e ataques virtuais contra ministros do Supremo.
Logo depois, ela ameaçou o ministro Moraes em um vídeo postado nas redes sociais, dizendo que trocaria socos com ele. "Pena que ele mora em São Paulo. Porque, se ele morasse aqui (em Brasília), eu já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Juro por Deus. Essa é a minha vontade. Queria trocar soco com esse [***], esse arrombado. Infelizmente, não posso", disse.
Edição: Lucas Weber