O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta sexta-feira (05), foi estipulado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1972 quando realizou a conferência o Meio Ambiente Humano. O debate sobre qual é o papel e interferência da sociedade na natureza evoluiu muito ao longo desses quase 50 anos.
:: MST apresenta plano de Reforma Agrária Popular para superar crise social e econômica ::
Mas é interessante notar que lideranças ambientais já alertavam para problemas que ainda hoje não são encarados com seriedade. Um exemplo é Chico Mendes, seringueiro revolucionário que foi assassinado por sua luta em 1988. Uma frase célebre sua é “no começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”.
:: "É o agronegócio que está dando as cartas no país", critica filha de Chico Mendes ::
Seu discurso de universalização das pautas ambientais — redimensionado que essa luta não é de apenas povos que vivem na floresta — vem tomando forma e ganhou relevância no ano passado quando a ativista de 17 anos, Greta Thunberg, levantou essa mesma bandeira.
:: Na França, Lula encontra Sebastião Salgado e discute defesa da Amazônia ::
Ela chocou o mundo ao realizar um discurso imponente responsabilizando o mundo inteiro pela luta ambiental na abertura do Encontro de Cúpula sobre Ação Climática do ano passado, evento organizado pela ONU.
Além de sua falas contundentes, Thunberg tem chamado atenção por sua proximidade com lideranças a indígenas brasileiras, por exemplo com o cacique Raoni. O encontro das ideias desses representantes ajuda mostrar como o discurso de Chico Mendes está vivo hoje.
:: “Outros governos respeitavam os povos da floresta; esse, não”, diz cacique Raoni ::
Para saber mais sobre a universalização de pautas ambientais, a Mostra Ecofalante está disponibilizando uma série de documentários para assistir online, em comemoração a Semana do Meio Ambiente.
Os cinco filmes de acesso livre são: "Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky e João Farkas; “Amazônia Sociedade Anônima”, que tem Estêvão Ciavatta como diretor e Walter Salles como produtor associado; “A Grande Muralha Verde”, que tem produção-executiva de Fernando Meirelles, “O Golpe Corporativo” de Fred Peabody, e “Ebola: Sobreviventes”, de Arthur Pratt.
Para acessar os filmes, bastar ir no site da Mostra Ecofalante.
Edição: Lucas Weber