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Brasil caminha para ser a maior aberração do combate à covid no mundo

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A equipe de saúde de um serviço de atendimento médico de emergência leva paciente infectado de covid-19 para um hospital em Breves, na ilha de Marajó (PA) - Tarso Sarraf / AFP
É quase inimaginável, mas teremos que enfrentar essa pandemia da covid-19 em ações de resistência

O Brasil caminha a passos largos para ser a maior aberração no enfrentamento à pandemia da covid-19 no mundo, junto aos Estados Unidos.

O que é mais grave, é que o Brasil e o hemisfério sul tiveram tempo, mais precisamente alguns meses - por termos o outono e o inverno no meio do ano - para se preparar, para avaliar as medidas que foram corretas e aquelas que tiveram pouca eficácia nos países do hemisfério norte.

Poderia o Brasil ter se apropriado do conjunto das informações que já dispomos em relação à dinâmica do vírus.

Mas nada disso foi feito, por conta de uma postura absolutamente caótica e genocida do atual governo federal brasileiro. Aliás, ficou nítido na reunião ministerial, no chamado vídeo, que eles estão muito pouco preocupados com as mortes, com o sofrimento do povo brasileiro e com a desproteção dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde.

É quase inimaginável, mas teremos que enfrentar essa pandemia da covid-19 em ações de resistência.

Um passo além dessa resistência foi um dos Projetos de Lei que conseguimos aprovar na semana passada na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O PL 1967/2020, de minha autoria, foi construído a partir da demanda do movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde e garante uma indenização para os trabalhadores da área da saúde que forem vítimas da covid-19.

Este projeto visa auxiliar os dependentes e familiares dos trabalhadores da saúde, como se fosse uma injeção de estímulo para que possam continuar no front dessa guerra.

Este meu PL foi aprovado junto com outros projetos, como o do deputado Reginaldo Lopes, que liderou a aprovação dos projetos, o do deputado Jorge Solla e da deputada Fernanda Melchionna, que juntou o conjunto da bancada das mulheres.

Todos com o mesmo intuito, de garantir uma injeção de ânimo aos trabalhadores e trabalhadoras que estão no front desta guerra, muitas vezes desprotegidos, sem equipamentos e jornadas de trabalho extensivas.

Edição: Leandro Melito