Rio de Janeiro

Mobilização

"Escracho" em frente à sede da Polícia Federal no Rio tem Bolsonaro como alvo

“Precisamos barrar Bolsonaro para salvar as vidas e a democracia”, declara coordenadora do Levante Popular da Juventude

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Ação teve como objetivo denunciar as supostas tentativas de interferência do presidente na Polícia Federal - Reprodução/Levante Popular da Juventude

Um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorreu na manhã desta quinta-feira (21) em frente à sede da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro (RJ). A ação, chamada de "escracho", foi realizada pelo movimento Levante Popular da Juventude. O ato respeitou todas as orientações de saúde para a prevenção ao coronavírus, de acordo com os organizadores.

Segundo nota divulgada pelo movimento, o objetivo do protesto é “denunciar as tentativas de intervenção do governo Bolsonaro na PF e as consequências que isso pode trazer ao povo brasileiro”. 

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O Levante da Juventude contextualiza que, após a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, Bolsonaro quis indicar Alexandre Ramagem como diretor da PF, tendo em vista a relação próxima dele com a família do presidente. Essa relação poderia, inclusive, esconder os dados das investigações que o órgão tem feito, entre elas sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol).

Em relação a isso, a nota cita o veto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes à indicação, que, para o movimento, representa um rompimento daqueles que antes eram aliados de Bolsonaro e que hoje não sustentam mais tal apoio. 

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Para Jessy Dayane, da coordenação nacional do Levante, o escracho em frente à sede da Polícia Federal serviu para denunciar os abusos de Bolsonaro. “Em meio à pandemia, ao invés de tomar medidas para salvar a vida do povo brasileiro, o presidente da República está mais preocupado em interferir na PF para proteger sua família dos inúmeros crimes aos quais aparecem ligados os seus filhos. Crimes que merecem uma investigação séria e livre de interferências políticas.” 

Segundo a militante, o ato serviu também para “alertar a sociedade do risco que corremos caso se consolide uma polícia política nas mãos de Bolsonaro, que defende abertamente regimes autoritários”.

Edição: Vivian Fernandes