Mais de 4 mil médicos residentes e servidores da saúde de todo o país estão sem receber bolsa auxílio há pelo menos 2 meses. Devido a esse atraso, há possibilidade de paralisação de servidores da saúde e médicos residentes a partir desta quinta-feira (14), data marcada para a Mobilização Nacional em Defesa das Residências em Saúde.
Ainda de acordo com as entidades, o ministério prometeu resolver o problema dando 6 prazos anteriores que não foram cumpridos.
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A Associação Nacional dos Médicos Residentes afirmou, em nota, que apóia a paralisação o dos residentes cujas bolsas esta o em atraso e ressalta que a suspensão das atividades apenas dos que na o esta o recebendo se faz necessária para que eles tenham a oportunidade de garantir seu sustento trabalhando em atividades remuneradas de sua escolha.
A associação também ressalta a importância de garantir que a suspensa o das atividades na o gere interrupção de serviços de urgência e emergência. Para o psicólogo João Costa, integrante do Fórum Nacional de Residentes em Saúde, o atraso no pagamento das bolsas aos residentes faz parte de um grande problema envolvendo a residência dos outros profissionais da saúde, além dos médicos.
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O fórum reivindica o retorno das atividades da Comissão Nacional de Multiprofissionais em Saúde, suspensas desde maio do ano passado por decreto presidencial. Para Costa, a suspensão da comissão acarreta prejuízos na formação do profissional residente e no serviço de saúde, pela falta de fiscalização das atividades de residência e falta de diretrizes.
Ele cita como um dos problemas, a ausência de orientações de afastamento para residentes que são parte do grupo de risco na pandemia da Covid-19. Outro problema citado por ele é a substituição de profissionais por residentes, que ocorre em hospitais conveniados com o SUS.
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O Fórum Nacional já entrou com representação no Ministério Público solicitando o retorno das atividades da Comissão Nacional de Multiprofissionais da Saúde e aguarda posicionamento do Judiciário.
Em nota, o Ministério da Saúde informa que dos 4.199 cadastros que apresentaram inconsistências nas informações transmitidas pelos próprios residentes ou instituições de ensino, 2.870 bolsistas já corrigiram os dados informados e 1.329 cadastros ainda constam com erros nas informações bancárias.
Atualmente, o Ministério da Saúde financia o total de 22.302 bolsas, sendo 13.496 de Residência Médica e 8.806 de Residência em Área Profissional da Saúde.Também disse que se compromete a pagar as bolsas até o dia 15 de maio.
* Com reportagem de Nelson Lin