Um dos maiores compositores da música popular brasileira, Aldir Blanc, morreu na madrugada desta segunda-feira (4) no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, onde estava internado com covid-19. O músico faleceu com infecção generalizada em decorrência do novo coronavírus. Ele estava internado no CTI do hospital desde o dia 15 de abril.
Autor de O Bêbado e o Equilibrista, considerada o hino da anistia, canção imortalizada na voz de Elis Regina (ouça abaixo) no final da década de 1970, entre centenas de outras composições, Blanc, de 73 anos, foi diagnosticado com covid-19 no dia 23 de abril.
A filha Isabel dava quase diariamente notícias sobre o estado de saúde do pai nas redes sociais. Nos últimos dias, ela se mostrou preocupada com o quadro agravado do compositor, que teria piorado na resposta ao tratamento.
Trajetória
Aldir Blanc se destacou ao grande público, ao lado do eterno parceiro João Bosco, em 1972, em um projeto do jornal carioca O Pasquim chamado Disco de Bolso. Na época, o semanário lançava um compacto simples, pequeno disco de vinil com duas canções. De um lado um artista consagrado, que no caso foi Tom Jobim com Água de Março e, do outro, a dupla com a canção Agnus Sei.
A dupla João Bosco e Aldir Blanc fez centenas de canções inesquecíveis como Mestre Sala dos Mares, Kid Cavaquinho, Nação, Tiro de Misericórdia, entre outras.
Aldir também compôs com outros autores, como César Costa Filho, Cristovão Bastos, Moacyr Luz, Guinga. Aldir publicou vários livros como cronista, entre eles Rua dos Artistas e Arredores, Direto do Balcão, Porta de Tinturaria, O Gabinete do Doutor Blanc, entre outros.
Fonte: Revista Fórum
Edição: Mariana Pitasse