Com exceção das vagas em um hospital no interior do Rio de Janeiro, todos os leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) da rede estadual, destinados à internação por covid-19, estão ocupados. Não há mais vagas em leitos dos hospitais estaduais da capital. Dados informados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que a taxa de ocupação nas unidades hospitalares da rede estadual é de 66% em leitos de enfermaria e 80% em leitos de UTI para todos os casos de internação. Há duas semanas, as taxas eram de 41% e 63%, respectivamente.
Segundo informações da SES, atualmente, 2.037 pacientes estão internados na rede estadual em diversos casos, não apenas os relacionados à covid-19. Na manhã desta sexta-feira (24), 356 pessoas estavam na fila por um leito de UTI no estado, sendo 220 pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus. As transferências desses pacientes pode acontecer para as redes municipal, estadual ou federal.
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Na capital, 773 pacientes com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus estão internados em unidades das três esferas de governo, sendo 261 em UTIs.
O Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no sul fluminense, é o único da rede estadual que ainda tem vagas disponíveis para o tratamento de pacientes com covid-19. Segundo a SES, a ocupação nessa unidade é de 56% na enfermaria e 51% na UTI.
Hospitais de campanha
A SES anunciou que o primeiro hospital de campanha do estado será inaugurado neste sábado (25) no Leblon, zona sul da capital. Lá são 200 leitos, sendo 100 de UTI. A unidade é custeada pela iniciativa privada, liderada pela Rede D’or. A previsão é que nos primeiros dias de maio, com a inauguração do Hospital de Campanha no Maracanã, mais 400 leitos estejam disponíveis.
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O cronograma da secretaria indica que além da unidade do Leblon, serão abertos mais 1,8 mil leitos em oito hospitais de campanha e um modular, que serão inaugurados de forma gradativa em maio, em várias regiões do estado. A abertura será feita de acordo com a evolução da pandemia do novo coronavírus.
Edição: Mariana Pitasse