O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, anunciou nesta terça-feira (24) o início da maior quarentena da história da humanidade, em número de pessoas. Os cerca de 1,3 bilhão de habitantes do país serão obrigados a permanecer em casa pelos próximos 21 dias como forma de prevenir a disseminação do novo coronavírus. É o maior isolamento coletivo da história da humanidade.
A proibição de circular nas ruas não se aplica a trabalhadores da saúde e da segurança pública da Índia. Funcionarão no país apenas os serviços essenciais, como farmácias e mercados.
Até o momento, há 469 pacientes diagnosticados com coronavírus no país asiático, que soma dez vítimas fatais.
No mesmo anúncio, Modi declarou a proibição dos voos internacionais e domésticos, além de suspender os serviços de transporte ferroviário para passageiros. O primeiro-ministro também prometeu investir imediatamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) para o sistema de saúde do país.
"Se estes 21 dias não forem respeitados, o país poderá voltar 21 anos no tempo", alertou o líder indiano. "O isolamento é a única forma de salvar o país do coronavírus".
Apesar de não figurar entre as 50 nações mais afetados pela pandemia, a Índia é considerada uma zona de alto risco por diferentes fatores. Mais de 90% dos trabalhadores são informais e ficarão sem renda durante o período de isolamento. O país também sofre com a precariedade do sistema público de saúde, a falta de água para higienização na zona rural e com a alta densidade demográfica nas periferias das grandes cidades.
Com a confirmação da quarentena obrigatória na Índia, um quinto da população mundial estará confinada a partir desta quarta-feira (25).
Edição: Vivian Fernandes