Nesta sexta-feira (20) começa o outono e, com ele, a baixa umidade relativa do ar e as oscilações de temperatura. O ar também fica mais seco, o que aumenta a concentração de poluentes na atmosfera.
Esse conjunto de condições eleva o risco de doenças respiratórias como resfriado, gripe, crises de asma, sinusite, pneumonia, bronquite e, agora, infecção pelo coronavírus.
De acordo com o Hospital do Coração (HCor), em São Paulo (SP), há um aumento de 30 a 40% no atendimento de pacientes com doenças respiratórias. Doenças cardiovasculares também têm maior incidência nessa época do ano.
Para além das condições naturais, Camila Bicalho, professora no curso de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC), afirma que há um aumento das doenças nessa estação “principalmente porque quando diminui a temperatura, as pessoas se aglomeram. Aí as pessoas fecham as janelas dos ônibus, das casas, das escolas”.
Ela explica que “no verão, as pessoas deixam a casa toda aberta por causa do calor. No inverno, a gente tende a deixar fechado. Essa aglomeração de pessoas, o ficar preso e o vírus respiratório de forma geral acaba ficando naquele ambiente", afirma.
Mas não é só isso. O organismo também muda conforme as variações de temperatura, poluição e umidade do ar. “Quando o tempo está mais frio, existe uma vasoconstrição dos vasos do nariz e isso acaba dificultando que o nariz faça a limpeza por meio do batimento ciliar que impede com que tenha uma maior entrada de vírus e outros organismos pelo nariz.”
Para evitar contrair doenças respiratórias, é necessário manter o organismo hidratado, evitar fumar ou estar em lugares com muita poeira ou fumaça, higienizar as mãos corretamente, manter o ambiente arejado, assim como as vacinas em dia e hábitos saudáveis: sono adequado, alimentação saudável, exercícios físicos.
Edição: Leandro Melito