Paraná

EDITORIAL 158

Coronavírus mostra que o mercado não é a solução

“Vários países apostam no Estado para planejar e intervir na economia”

Curitiba (PR) |
as medidas são tímidas devido ao desgoverno de Bolsonaro - Guilherme Gandolfi

A crise mundial gerada pela pandemia do coronavírus coloca em xeque as bases do neoliberalismo (retirada de investimentos do Estado) e evidencia a importância de investimentos públicos em saúde. A necessidade de isolamento tem mostrado que os trabalhadores informais e os pobres em geral são os que ficam mais expostos ao vírus e às dificuldades econômicas agravadas pelo atual contexto.

Os princípios neoliberais começam a cair. Mesmo que as principais características do capitalismo, como individualismo, mercado e lucro, não apontam saídas para a crise.

Vários países apostam no Estado para planejar e intervir na economia. O caso chinês é apontado como modelo, já que começa a controlar a pandemia em seu grande e populoso território – o que não seria possível se o país adotasse o modelo capitalista neoliberal puro e simples.

No Brasil, as medidas são tímidas devido ao desgoverno de Bolsonaro e Paulo Guedes. Mas este momento revela ainda mais a importância do SUS e das pesquisas das universidades públicas, bem como mostra a insensatez da precarização do trabalho e da lógica de prevalência do mercado sobre as pessoas.

Está colocada a oportunidade de sairmos dessa crise mais solidários e defendendo os direitos do povo, com um Estado atendendo aos interesses da nação e não dos banqueiros.

Edição: Pedro Carrano