O governo do Rio Grande do Sul publicou um decreto, na última sexta-feira (13), estabelecendo medidas e orientações a respeito do coronavírus. O documento suspende, por um período de 30 dias, viagens internacionais ou interestaduais para servidores e estabelece que órgãos da administração não poderão realizar atividades de capacitação ou eventos coletivos que gerem aglomeração.
Além disso, servidores que tenham regressado de férias há cinco dias ou que venham a regressar durante o período no qual o decreto fique em vigor devem notificar os superiores, antes de retornarem ao trabalho, a respeito do itinerário de viagem. Caso apresentem sintomas, os funcionários deverão ficar em casa, sem prejuízo de remuneração, por, no mínimo, 14 dias. Os assintomáticos deverão permanecer, pelo mesmo tempo, cumprindo funções em regime de teletrabalho.
“Nesse período, devemos evitar exposições desnecessárias. É uma situação atípica e precisamos chamar à responsabilidade cada pessoa, em respeito à saúde do outro. Não se trata somente de evitar o contágio, mas sim de evitar contaminar outras pessoas que podem ter a saúde mais fragilizada”, ponderou o governador Eduardo Leite (PSDB) em entrevista coletiva na última quinta-feira (12).
Até a sexta-feira (13), o Rio Grande do Sul contabilizava quatro casos confirmados de Covid-19, causada pelo coronavírus: um em Caxias do Sul, um em Campo Bom, e dois em Porto Alegre. O morador de Campo Bom, primeiro caso confirmado, já está curado.
Leite afirmou que encaminhará um pedido ao Ministério da Saúde para que libere 150 leitos de urgência e de emergência a fim de dar a retaguarda necessária aos casos que evoluírem com maior gravidade. Além disso, defendeu a celeridade da disponibilização de verba, por parte do Ministério da Educação, para aquisição de equipamentos e contratação de recursos humanos para a nova estrutura do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que pode viabilizar até 40 leitos para atendimento de pacientes que contraírem o Covid-19.
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Como se prevenir
• Lavar as mãos: A lavagem frequente das mãos é a principal recomendação para se prevenir. Higienizar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos a cada vez. Esfregar os espaços entre os dedos, o dorso da mão e cavidades (dobras dos dedos e unhas), onde as bactérias podem se alojar. Usar sabonete (apenas água é insuficiente para a higienização). Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes;
• Ficar em casa quando estiver doente;
• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
• Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção);
• Evitar tocar olhos, boca e nariz: Contato com olhos, nariz ou boca permite que o vírus entre no corpo, gerando infecção. Essas regiões do corpo têm mucosas;
• Cuidados em ambientes com aglomeração de pessoas: Em locais com grande concentração de pessoas (transporte público, por exemplo), é preciso tomar cuidados especiais. Preferencialmente, mantenha-se a pelo menos 1 metro de distância de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando. Se tiver de tossir ou espirrar, cubra o rosto com o braço dobrado. Isso evita que as secreções do corpo entrem em contato com superfícies ou com outras pessoas. As mesmas recomendações valem para qualquer local fechado, como o ambiente de trabalho.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira e Vivian Fernandes